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Estado de Minas

Centros de esqui chilenos abrem a temporada em pandemia e com mais neve


29/08/2020 15:55

Os centros de esqui de Santiago do Chile conseguiram abrir quase no final do inverno sob estritas medidas sanitárias por causa do novo coronavírus e em um período de muita neve, ao contrário do ano passado, que quase não nevou.

As estações de esqui El Colorado e Farellones, situadas na cordilheira dos Andes, a 74 km a leste de Santiago, abriram suas portas há uma semana depois de obter autorização, pois os casos de coronavírus conseguiram se estabilizar e a quarentena foi suspensa em alguns municípios.

"Este tem sido um processo superlongo. Esta é uma temporada que chegou com muita neve e que gostaríamos de ter começado mais cedo, mas por causa da pandemia global, que também é um problema local, não foi possível", ressaltou à AFP José Pablo García, diretor comercial de El Colorado e Farellones.

Com cerca de 405.000 casos e 15.000 mortos registrados desde 3 de março no Chile, o governo e as estações de esqui entraram em um acordo a partir de um protocolo de saúde que lhes permitiu finalmente voltar às atividades.

As medidas são baseadas em três pilares: o autocuidado, com a obrigatoriedade do uso de máscaras e fornecimento de luvas, o distanciamento social, e a higienização de todos os ambientes, equipamentos e elevadores de uso comum dos visitantes. Além disso, as áreas comuns e restaurantes estão fechados.

O atraso no início da temporada causou prejuízos trabalhistas e econômicos ainda não estimados pelos dirigentes dos centros de esqui, já que preferem focar no restante da temporada e que até mesmo analisam como prolongá-la o máximo possível, aproveitando a grande quantidade de neve acumulada.

"Tem sido muito complicado e tivemos que nos reinventar como todas as empresas que estão vendo como podemos sair daqui jogando com o que pudermos, para que possamos ter uma temporada que nos permita chegar à próxima", acrescentou García.

A abertura foi feita gradativamente. Em um primeiro momento, permitiu-se a entrada de 200 esquiadores e snowboarders, mas eles esperam que o número aumente para 2.500, o que representa 30% da capacidade total das duas estações. O quadro de funcionários também foi reduzido para 100 trabalhadores, frente aos 700 que normalmente estão em serviço.

Com as fronteiras fechadas, eles receberão apenas turistas locais e atletas, que querem apenas deixar para trás o coronavírus e se preparar para competições internacionais, ou realizar o sonho de se classificar para os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, em 2022.

"Para mim foi uma forma de repensar o esporte; na sorte que tenho de estar fora e que este é um esporte que me permite conhecer pessoas e compartilhar", contou Mathilde Schwencke, que faz parte da equipe olímpica chilena de esqui.


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