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Estado de Minas

Governo britânico impõe uso de máscara nas escolas de ensino médio


26/08/2020 10:26

O governo britânico revisou sua determinação sobre o uso de máscaras em escolas de ensino médio da Inglaterra, tornando-a obrigatória em alguns casos, depois de ter defendido que não eram necessárias.

A mudança gerou novas críticas à sua gestão da pandemia da COVID-19.

Recentemente, o ministro da Educação, Gavin Williamson, insistiu em que os alunos não precisariam cobrir o rosto quando retornassem às aulas na próxima semana. Os estudantes passaram quase seis meses longe das salas de aula, devido ao confinamento e às férias de verão.

Em uma nova regulação publicada na noite de terça-feira (25), porém, o Executivo estipulou que alunos e funcionários usem máscaras nos corredores e áreas comuns de escolas localizadas em áreas onde há alta transmissão do vírus.

As máscaras não são obrigatórias nas salas de aula, onde o risco de contágio é considerado menor.

Essa mudança, vista como uma nova virada de 180 graus na gestão errática da pandemia, ocorre logo depois que o governo de Boris Johnson foi forçado a cancelar o uso de um algoritmo de computador que deu notas excepcionalmente baixas em testes cruciais para acesso à universidade.

O escândalo levou à renúncia de um alto funcionário e enfraqueceu Williamson.

Os sindicatos de professores pedem que as escolas de inglês sigam as mesmas determinações da Escócia, uma nação autônoma de 5,5 milhões de pessoas com seu próprio sistema educacional, onde todos os alunos são obrigados a cobrir o nariz e a boca nos espaços comuns.

Essa revisão é baseada nas recomendações feitas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), na última sexta-feira, em favor do uso de máscaras a partir dos 12 anos para limitar a transmissão do vírus.

"O risco para vocês não vem da COVID-19 até porque, estatisticamente, suas chances de sofrer a doença são muito, muito baixas", disse o primeiro-ministro Boris Johnson aos alunos nesta quarta-feira, em visita a uma escola no centro da Inglaterra.

"O maior risco agora é ficar fora da escola", acrescentou.

A medida não tranquilizou a oposição trabalhista, que a considera insuficiente e confusa, nem alguns parlamentares conservadores.

"É impossível entender por que não foi feito antes", disse um parlamentar conservador, citado anonimamente pelo jornal "The Times".

"É um fiasco após o outro", lamentou.

Já o também parlamentar conservador Marcus Fysh afirmou que o governo está "completamente errado".

"As máscaras deveriam ser proibidas nas escolas", tuitou.


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