Jornal Estado de Minas

Alemanha prolonga dispositivos de desemprego parcial e de ajuda às empresas

O governo alemão decidiu nesta terça-feira (25) prolongar seu dispositivo de desemprego parcial e suas ajudas às pequenas e médias empresas, medidas destinadas a lidar com as consequências econômicas da pandemia do coronavírus.

Os partidos da coalizão de Angela Merkel, o CDU-CSU (conservadores) e o SPD (social-democrata) aprovaram uma proposta de extensão em um ano do programa de desemprego parcial, anunciaram à imprensa os chefes das siglas, após várias horas de negociações.





Até esta data, as empresas podiam beneficiar-se deste dispositivo durante doze meses. Agora, será aplicável durante 24 meses para as empresas que apresentaram pedidos antes do fim do ano.

O governo também decidiu prolongar até o final do ano uma ajuda financeira para as pequenas e médias empresas, além de uma flexibilização da lei sobre a insolvência, com o objetivo de evitar quebras em uma economia em recessão.

Dentro da coalizão, os conservadores desejavam reduzir o alcance do desemprego parcial para limitar os custos, enquanto os social-democratas defendiam que o dispositivo fosse prolongado mantendo condições similares às existentes.

O mecanismo prevê que o Estado custeie dois terços do salário quando os empregadores se veem obrigados a diminuir as horas de trabalho para cortar gastos ou devido a uma queda da atividade em função da pandemia da COVID-19.

Em abril, quando havia em vigor mais restrições para frear a pandemia, cerca de 6,8 milhões de alemães receberam ajudas de custo através deste dispositivo, de acordo com a agência federal de emprego.

Grandes grupos como Lufthansa, TUI, Volkswagen e BMW recorreram ao programa.

Antes da pandemia, a taxa de desemprego na Alemanha estava em cerca de 5%. Desde então, subiu para 6,4%.