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Estado de Minas

Com indicação oficial, Trump espera relançar campanha contra Biden


24/08/2020 18:19

Indicado oficialmente como candidato dos republicanos nesta segunda-feira (24), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se mostrou confiante na reeleição em 3 de novembro, quando será desafiado pelo democrata Joe Biden, favorito nas pesquisas.

Sem surpresa, os 330 delegados do Grand Old Party reunidos em Charlotte, Carolina do Norte, indicaram o presidente como seu candidato no primeiro dia da convenção republicana. Um a um, os representantes republicanos de cada um dos 50 estados americanos anunciaram seu apoio ao presidente.

"Esta é a eleição mais importante da história de nosso país", disse Trump no início de seu discurso em que relembrou seus anos na Casa Branca.

O presidente viajou até Charlotte para a convenção, ansioso por se diferenciar de seu rival democrata Joe Biden, recluso em sua residência em Delaware devido à pandemia do novo coronavírus.

"Fizemos isso em respeito à Carolina do Norte e acho que eles se lembrarão disso em 3 de novembro", afirmou Trump.

Viciado em provocar, enquanto os presentes gritavam "mais quatro anos", o presidente respondeu: "se quiserem deixá-los loucos, digam mais 12 anos".

Trump está atrás nas pesquisas, que colocam Biden como favorito, em um momento em que seu governo enfrenta forte pressão pela gestão da pandemia, que deixa cerca de 176.000 mortos no país e uma economia em crise, com milhões de desempregados.

Diferentemente do evento do Partido Democrata, que foi majoritariamente virtual, a convenção republicana será marcada por um peso maior das atividades presenciais.

Antes de pousar, Trump reclamou no Twitter que os canais CNN e MSNBC não transmitiram o voto dos delegados ao vivo.

Em seguida, reiterou sua crítica ao voto por correio, que deve ser bem mais comum este ano como medida para evitar o contágio da COVID-19 nas seções eleitorais, o que o presidente afirma ser um plano dos democratas de trapacear na votação. "Vão usar a COVID para roubar a eleição", disse.

- 'Mais quatro anos' -

O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, que será novamente o colega de chapa de Trump, tomou a palavra durante a votação para defender a reeleição.

"Os Estados Unidos precisam de mais quatro anos de Donald Trump na Casa Branca", declarou Pence.

"Na semana passada ouvi dizer que a democracia estava em jogo", mas "sabemos que o que está em jogo é a economia; a lei e a ordem é que estão em jogo", disse o vice-presidente, referindo-se ao mantra repetido pelos democratas em sua convenção.

A programação da convenção do Partido Republicano conta com especial preponderância dos familiares de Trump. Além de sua esposa Melania, seus quatro filhos adultos estão entre os principais oradores do evento: Donald Jr, Eric, Tiffany e Ivanka.

O principal objetivo dos republicanos é defender a administração do 45° presidente da história dos Estados Unidos, muito questionado pela gestão da pandemia de COVID-19 e que não pode contar mais com o que sua campanha apresentava como seu principal ativo e eventual carta de triunfo: a boa saúde da economia.

Antes da pandemia, o desemprego era de 3,5%, mas agora está acima dos 10%. Trump, que promete uma convenção "otimista e positiva", destacou em seu discurso a nomeação de dois juízes conservadores para a Suprema Corte durante seu governo.

Sua principal mensagem é que a economia logo se recuperará, mas ele também não abriu mão do tom sombrio, alertando em seu discurso que, se Biden vencer, "o sonho americano vai morrer".

A convenção também reservou espaço para vários oradores afro-americanos, incluindo Tim Scott, o único senador republicano negro, em uma tentativa de chegar a uma comunidade majoritariamente hostil ao partido de Trump.

As intervenções de Trump sobre seu programa para os próximos quatro anos também são muito aguardadas.

Questionado no domingo sobre o tema pela Fox News, Trump foi bastante evasivo mais uma vez. Se for reeleito o que faria de forma diferente? "Eu reforçaria aquilo que já fiz e faria coisas novas", respondeu.

Do Oriente Médio, onde está para uma visita de cinco dias, o secretário de Estado Mike Pompeo deve ressaltar os avanços diplomáticos registrados durante a administração Trump, um discurso incomum neste tipo de evento.

Na quinta-feira, com um discurso no jardim da Casa Branca, o presidente aceitará oficialmente - pela segunda vez - a indicação do partido.

Mas antes ele já terá discursado em cada dia do evento, quando habitualmente os candidatos falam ao público apenas no ato de encerramento.

A utilização da Casa Branca gerou polêmica devido ao fato de romper com a tradição de separar as ações do governo das ações de campanha.


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