Jornal Estado de Minas

Apagão na Síria após suposto ataque "terrorista" contra gasoduto

Um suposto ataque "terrorista" contra um gasoduto provocou um corte de energia elétrica em toda Síria, anunciaram nesta segunda-feira (24) as autoridades.

O ministro sírio da Energia Elétrica, Zuhair Kharboutli, afirmou que a explosão de um gasoduto nos arredores de Damasco no domingo à noite "provocou um corte da energia elétrica em toda Síria", de acordo com a agência oficial SANA.





O ministro do Petróleo e de Recursos Minerais, Ali Ghanem, declarou que a explosão de um gasoduto, entre Adra e Al Dhamir, foi "o resultado de um ataque terrorista", mas não revelou mais detalhes.

Kharboutli afirmou que a explosão foi "sexta do tipo no gasoduto desta região", sem anunciar um período de tempo.

A SANA publicou imagens de um incêndio noturno que, segundo a agência, foi provocada pela explosão de um gasoduto. Durante a manhã, a agência divulgou fotografias que mostram o gasoduto sem um grande pedaço.

Moradores de Damasco afirmaram à AFP que acordaram sem energia elétrica em suas casas. O sistema elétrico sírio é alimentado com gás e combustível.

Durante a manhã, Kharboutli afirmou à SANA que o fornecimento de energia elétrica retornou parcialmente a várias províncias e em alguns bairros do centro de Damasco.

"O abastecimento retornou a várias instalações vitais de Damasco, incluindo hospitais e alguns bairros residenciais", disse

O governo sírio, apoiada por Rússia e Irã, expulsou em 2018 os últimos rebeldes e jihadistas de Dmeir, uma cidade a 25 quilômetros da capital.





Mas o grupo Estado Islâmico (EI) mantém sua presença no amplo deserto de Badia, ao leste da cidade.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), uma ONG com sede em Londres, afirmou que não está claro quem está por trás do ataque.

O incidente é o mais recente de uma série de supostos ataques contra infraestruturas do sistema de energia do país.

Em fevereiro, o governo anunciou que "terroristas" atacaram com foguetes quatro instalações de gás e petróleo na província de Homs, centro do país.

Em janeiro, Damasco afirmou que mergulhadores colocaram explosivos em oleodutos offshore no Mar Mediterrâneo perto da refinaria de Banias, mas que o dano provocado não interrompeu as operações.

A Síria é cenário desde março de 2011 de uma guerra que provocou mais de 380.000 mortes e deixou milhões de pessoas deslocadas.

Desde então, o governo perdeu o controle de reservas de petróleo importantes, o que provocou uma queda de bilhões de dólares em sua receita pela venda de combustíveis.