Jornal Estado de Minas

Trinta detidos em manifestação anti-Netanyahu em Jerusalém

A polícia israelense anunciou, neste domingo (23), a prisão de 30 pessoas após a manifestação no dia anterior para pedir a renúncia do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, com slogans como "ministro do crime" ou "libertem Israel".

Milhares de israelenses --10.000, segundo a imprensa local-- se reuniram no sábado à noite para exigir a renúncia do líder, que acusam de corrupção e de má gestão do impacto econômico da pandemia de COVID-19.





Segundo um comunicado oficial divulgado neste domingo, ocorreram distúrbios e atos de violência na manifestação.

"Durante os protestos, três policiais foram feridos pelos manifestantes", disse a polícia.

Desde o início do verão e apesar da pandemia de coronavírus, milhares de pessoas se reúnem todos os sábados à noite em todo o país para exigir a saída do primeiro-ministro, no poder de forma ininterrumpta desde 2009.

Netanyahu, líder do Likud (conservador), venceu as últimas eleições em março e formou um governo de coalizão com seu rival, Benny Gantz, para tirar o país da maior crise política de sua história.

Vários manifestantes usavam máscaras com o lema "ministro do crime" estampado, ou seguravam cartazes que diziam "está demitido", "libertem Israel" ou "Belarus, Líbano, Israel, estamos unidos, Revolução!".

Netanyahu é acusado de corrupção, desvio de dinheiro e abuso de confiança em uma série de casos, e é o único primeiro-ministro da história de Israel a estar indiciado durante o exercício de seu cargo.