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Estado de Minas

Prudência ou voltar para casa: estudantes dos EUA iniciam um ano imprevisível


21/08/2020 10:55

Seth Mabry deve começar seu segundo ano na Universidade de Nova York (NYU) e diz estar disposto a fazer sacrifícios em tempos de coronavírus. "Vou seguir todas as regras", promete o jovem de 19 anos.

"Farei todo o possível para evitar que nos mandem voltar para casa", garante.

Ele não é o único. A prudência é essencial para evitar um novo fechamento do renomado campus localizado no coração de Greenwich Village, segundo uma dúzia de estudantes da NYU consultados pela AFP.

- Fechamentos em série -

Os fechamentos de universidades se multiplicaram nos últimos dias. A outra grande universidade de Nova York, Columbia, anunciou na semana passada que cancelou as aulas presenciais para seus alunos do primeiro período.

Nesta semana, outras universidades se juntaram a essa decisão, como as grandes universidades da Carolina do Norte em Chapel Hill, que abriram há uma semana, Michigan State e Notre Dame, no estado de Indiana.

A decisão se deve à aparição de focos de coronavírus vinculados a reuniões de estudantes que não usavam máscara ou não respeitavam o distanciamento social.

Como a NYU, a maioria das universidades dos EUA conhecidas internacionalmente mantiveram apenas alguns cursos presenciais neste semestre. Os estudantes não são obrigados a comparecer, podem assistir as aulas pelo Zoom.

Menos de um quarto das 5.000 universidades do país preveem uma aprendizagem totalmente ou majoritariamente presencial neste semestre, segundo a revista especializada "Chronicle of Higher Education".

- Polarização -

Em Nova York, que registrou mais de 23.000 mortes por coronavírus desde março, a pandemia está controlada há algumas semanas, com um índice de novos casos menor do que 1%, embora o medo de uma segunda onda permaneça.

O debate é forte. As decisões de algumas universidades, principalmente as públicas, não escapam à exacerbada polarização política com a aproximação das eleições presidencial e legislativa em 3 de novembro.

O presidente americano, Donald Trump, pressiona pela retomada das aulas presenciais e nos estados republicanos "as universidades mostram uma tendência de querer manter a aprendizagem presencial", destaca Chris Marsicano, autor de um projeto de monitoramento das universidades americanas contra a pandemia na Universidade Davidson, na Carolina do Norte.

Nos estados democratas, ocorre o contrário.

O debate é ainda mais polêmico para a reabertura das escolas primárias e secundárias, já que a decisão impacta no retorno ao trabalho dos pais.

Na maioria das grandes cidades do país, governadas pelos democratas, os responsáveis das escolas primárias optaram pelo ensino 100% virtual.


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