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Estado de Minas

Biden aceitará indicação no encerramento da convenção virtual dos democratas


20/08/2020 15:54

Mais de três décadas após sua primeira tentativa de chegar à Casa Branca, Joe Biden aceitará nesta quinta-feira (20) a nomeação como candidato presidencial democrata para enfrentar Donald Trump em novembro, em uma eleição marcada por uma crise econômica e de saúde sem precedentes nos Estados Unidos.

"Hoje vamos discutir planos para reconstruir de uma forma melhor esta nação e indicar um novo caminho", disse Biden em um tuíte antes de seu discurso programado para a noite, de forma virtual, diretamente de sua residência em Wilmington, Delaware.

Aos 77 anos, o ex-vice-presidente de Barack Obama, faz parte do grupo de risco e fez raras aparições durante a campanha, muitas delas de sua casa.

Seu discurso marca o fim da convenção democrata, que seria realizada em Wisconsin, mas acabou sendo quase totalmente virtual devido à pandemia do novo coronavírus, que matou mais de 170.000 no país.

Trump seguirá a estratégia que manteve desde o início da convenção adversária, organizando um comício simultâneo.

Nesta quinta-feira, ele visitará Old Forge, uma cidade na Pensilvânia perto de onde Biden nasceu.

Ao longo da semana, ele visitou diferentes cidades em estados-pêndulo, que variam na preferência por um partido de uma eleição para outra, do Wisconsin ao Arizona, passando por Iowa.

- Ex-conselheiro do Trump acusado de fraude -

Nesta quinta-feira, os democratas receberam a notícia de que Steve Bannon, um ex-conselheiro de Trump, foi preso e acusado de enganar cidadãos que doaram dinheiro para construir um muro na fronteira com o México.

Em formato de discursos, em sua maioria já gravados e prontos para serem transmitidos, não se sabe se será possível aproveitar essas informações no evento eleitoral.

A campanha on-line de Bannon arrecadou mais de 25 milhões de dólares, de acordo com os promotores.

Trump rapidamente se esquivou e a Casa Branca afirmou que "não está envolvida" no projeto Bannon.

Mais tarde, do Salão Oval, o republicano disse que não sabia "nada sobre este projeto". "Faz muito tempo que não tenho contato com ele", acrescentou, em alusão ao ex-assessor.

- Fracasso de liderança -

Na quarta-feira, a companheira de chapa de Biden, Kamala Harris, fez história como a primeira mulher negra a ser indicada por um partido majoritário como candidata a vice-presidente.

"O fracasso da liderança de Donald Trump custou vidas e sustento", advertiu Harris.

Ele também instou o eleitorado a eleger em 3 de novembro um presidente que possa unir "negros, brancos, latinos, asiáticos, indígenas" e não transformar "nossas tragédias em armas políticas".

Discursos de Cory Booker, Micheal Bloomberg, Pete Buttigieg e Andrew Yang, que fizeram parte do grande time de candidatos democratas na disputa vencida por Biden, estão marcados para a noite de quinta-feira.

O tom provavelmente deve confirmar a mensagem que os democratas transmitiram durante a convenção: o governo Trump está um caos e, como Hillary Clinton alertou na quarta-feira, se ele for reeleito, "as coisas ficarão ainda piores".

Com um evento eleitoral que mais parece um programa de televisão, os democratas buscam a unidade partidária, afastando os fantasmas deixados pela convenção de 2016, quando ficou evidente a divisão entre a então candidata Hillary Clinton e os setores mais progressistas que se identificavam com o senador Bernie Sanders.

Em seu discurso na segunda-feira, Sanders enfatizou que "Joe Biden vai acabar com o ódio e a divisão criados por Trump."

Obama abandonou na quinta-feira uma regra tácita entre os ex-presidentes de ficar de fora da política de seu sucessor e afirmou que Trump tratou a presidência como um "reality show" e deixou "instituições democráticas ameaçadas como nunca".

Trump respondeu vigorosamente, afirmando que Obama foi um presidente "horrível" e chamando-o de "ineficiente" também.

Os democratas esperam que a chapa Biden-Harris possa abranger o eleitorado mais tradicional que valoriza a experiência do ex-vice-presidente e um eleitor mais jovem ávido por mudanças e maior diversidade na política.

Quanto aos republicanos, sua convenção também não escapará do formato virtual e já está cercada de polêmica sobre o anúncio de Trump de que receberá a indicação na Casa Branca, quebrando a regra de separar suas atividades governamentais de sua campanha.


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