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Estado de Minas

Estado dos EUA pagará US$ 600 mi às vítimas de água contaminada


20/08/2020 14:55

O estado americano de Michigan concordou em pagar até 600 milhões de dólares para acabar com o escândalo da contaminação por chumbo da rede de água potável de Flint, após anos de espera pelos afetados.

Os recursos serão destinados principalmente às crianças desta antiga cidade industrial, informou a imprensa local, em um caso que se tornou um símbolo da injustiça social nos Estados Unidos.

Os detalhes do acordo, resultado de 18 meses de duras negociações, serão revelados no final da semana.

Mais da metade do valor total dos danos será pago em benefício das vítimas, que tinham 6 anos ou menos na época em que a água era nociva, disse o jornal The Washington Post.

A água contaminada com chumbo em Flint, uma cidade situada na região dos Grandes Lagos e muito atingida economicamente, é um dos piores escândalos sanitários nos Estados Unidos nos últimos anos.

A tragédia foi provocada pela decisão tomada em 2014 pelo então governador de Michigan, o republicano Richard Snyder, de mudar a fonte de abastecimento de água da cidade para economizar dinheiro.

A água ácida e contaminada do rio local, que substituiu a água pura do lago Huron, corroeu as tubulações do sistema de distribuição, expondo os moradores ao envenenamento por chumbo.

Entre 18.000 e 20.000 crianças viviam em Flint enquanto ocorria essa dramática contaminação.

Muitos moradores de Flint continuam bebendo água engarrafada até hoje, embora o sistema de distribuição já tenha voltado a ser abastecido pelo lago e as tubulações de chumbo tenham sido substituídas em sua maioria.

O envenenamento por chumbo de milhares de crianças de Flint ameaça ter consequências catastróficas para sua saúde por décadas.

Pelo menos 12 pessoas também morreram por causa da doença do legionário, uma forma grave de pneumonia causada pelo contato com uma bactéria encontrada nos sistemas de abastecimento de água.

Para muitos, o escândalo da água envenenada de Flint ilustra o "racismo ambiental" nos Estados Unidos. Isso significa que há uma exposição desproporcional dos afro-americanos aos poluentes do ar, água ou do solo.

Cerca de 57% dos 100.000 moradores de Flint são negros e mais de um terço vive abaixo da linha da pobreza.


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