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Estado de Minas

Barack Obama e Kamala Harris vão denunciar o 'fracasso' de Trump


19/08/2020 22:37

O ex-presidente americano, Barack Obama, e Kamala Harris, companheira de chapa do candidato à Presidência, Joe Biden, denunciarão nesta quarta-feira (19) o fracasso do presidente republicano, Donald Trump, que "nunca" levou "a sério" o cargo, segundo trechos de seus aguardados discursos na convenção nacional democrata.

Harris, uma senadora negra que poderá se tornar a primeira mulher vice-presidente da história dos Estados Unidos, se prepara para aceitar sua indicação em um evento partidário celebrado pela primeira vez em formato virtual devido à pandemia do novo coronavírus.

"O fracasso de liderança de Donald Trump custou vidas e sustento", dirá Harris, segundo trechos de seu discurso, divulgados pelos organizadores.

Obama, que passou o poder a Donald Trump em 2017, acusará o sucessor de tratar a Presidência como um "reality show" e de deixar as "instituições democráticas ameaçadas como nunca antes".

"Esperava, pelo bem do nosso país, que Donald Trump pudesse mostrar algum interesse em levar o trabalho a sério, que pudesse chegar a sentir o peso do cargo (...) Mas nunca o fez", afirmará.

E acrescentará: "As consequências deste fracasso são graves: 170.000 americanos mortos, milhões de postos de trabalho perdidos, nossos piores instintos liberados".

Trump reagiu de imediato a estas afirmações.

"Vejo o horror que nos deixou, a estupidez dos acordos que fez", disse Trump em alusão a Obama, a quem tachou de "ineficaz" e "terrível".

"O presidente Obama não dez um bom trabalho. A razão pela qual estou aqui é o presidente Obama e (seu vice) Joe Biden", destacou.

Obama, que se manteve com perfil discreto nas disputadas primárias democratas, declarou oficialmente seu apoio ao seu ex-vice em 14 de abril, e será o terceiro ex-presidente americano a declarar seu apoio a Biden na convenção, depois de Bill Clinton e Jimmy Carter.

- "Votem" -

Harris, de 55 anos, filha de imigrantes da Jamaica e da Índia, falará de Wilmington, cidade natal de Biden em Delaware, transformada em sua sede de campanha.

"Neste momento temos um presidente que transforma nossas tragédias em armas políticas. Joe será um presidente que transformará nossos desafios em determinação", dirá a ex-procuradora-geral da Califórnia, segundo os trechos antecipados.

Biden foi oficialmente nomeado na terça-feira para as eleições de 3 de novembro, quando enfrentará Trump em um país polarizado politicamente e abalado pela crise sanitária, a recessão econômica e uma onda de clamor contra o racismo e a violência policial.

"Muito, muito obrigado do fundo do meu coração. Obrigado a todos. Significa muito para mim e minha família", disse Biden, de 77 anos, após a votação em que cada estado e território do país mostraram por meio de mensagens virtuais sua diversidade geográfica e cultural, algo muito comentado nas redes sociais.

A ex-primeira-dama Hillary Clinton, derrotada por Trump em 2016, também discursará na convenção esta noite, com um forte apelo à mobilização dos eleitores, antecipou a campanha de Biden.

"Votem como se nossas vidas e nosso sustento estivessem em jogo, porque estão", pedirá.

- A noite é delas -

Exceto por Obama, esta será uma noite das mulheres na grande convenção democrata.

Além de Harris e Clinton, discursarão Nancy Pelosi, presidente da Câmara e líder democrata no Congresso, a senadora progressista Elizabeth Warren, ex-rival de Biden, e a governadora do Novo México, Michelle Lujan Grisham, uma das personalidades latinas mais importantes dos Estados Unidos.

Também foi anunciada a participação da ex-legisladora do Arizona, Gabrielle Giffords, que se tornou ativista pelo controle armamentista depois de ser gravemente ferida por um tiro em um atentado em 2011.

Antes dela também falará Emma González, uma sobrevivente do massacre no colégio Parkland, na Flórida, que se tornou um símbolo da frustração sentida pelos jovens por causa da inércia dos políticos em relação à violência com armas de fogo.

Além disso, uma imigrante sem documentos na Carolina do Norte, Silvia Sánchez, contará sua história com suas filhas, uma delas uma "dreamer", que faz parte do programa DACA criado por Obama para proteger da deportação aqueles que chegaram ao país ainda crianças junto aos seus pais, sem documentos, que Trump tentou cancelar.

Biden, que teve pouca exposição pública para minimizar os riscos de contaminação, passa na frente de Trump nas pesquisas por 7,6 pontos em todo o país, com base na média do RealClearPolitics. Mas a diferença entre os dois diminuiu nas últimas semanas.

O Partido Republicano fará sua convenção, também virtual, na próxima semana, na qual indicará Trump para um segundo mandato.

"Ao contrário de Michelle Obama, estarei ao vivo", comentou Trump ao confirmar que aceitará a candidatura nos jardins da Casa Branca em 27 de agosto, algo questionado por seus críticos por considerarem que isso confunde os limites entre seu papel como presidente e sua campanha.


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