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Estado de Minas

Trump responde ataques de Michelle Obama durante convenção democrata


18/08/2020 20:31

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, respondeu com veemência nesta terça-feira (18) os ataques da ex-primeira-dama Michelle Obama, protagonista da noite de abertura da convenção democrata e poderosa aliada do ex-vice-presidente Joe Biden, seu adversário nas eleições de novembro, que nesta noite receberá o apoio dos ex-presidentes.

Em seu discurso na véspera, durante a evento virtual para confirmar Biden como candidato à Casa Branca, a ex-primeira-dama disse que Trump é o presidente "errado" para o país e o descreveu como um líder com absoluta "falta de empatia", que não está à altura do desafio da pandemia e da crise econômica associada.

Trump disse a repórteres na Casa Branca que o discurso foi "extremamente divisor" e que se não fosse pelo ex-presidente Barack Obama, ele nem estaria no poder.

"Eu estaria em outro lugar construindo edifícios", disse.

Nesta terça-feira, os democratas voltarão a se reunir sob o lema "a liderança importa" para escutar a esposa de Biden, Jill, em um discurso que será precedido pelas falas dos ex-presidentes Bill Clinton e Jimmy Carter.

Em sua mensagem, a ex-primeira-dama pediu aos americanos que se unam a Biden e votem em 3 de novembro.

Biden "vai dizer a verdade e vai confiar na ciência", disse ela em um golpe contra Trump, a quem acusou de ignorar os especialistas na gestão da crise do coronavírus, que deixou mais de 170.000 mortos e milhões de desempregados.

A ex-primeira-dama, que foi um ponto forte na primeira noite da convenção, é uma figura muito popular nos Estados Unidos, com grande presença na mídia: ela publicou um livro de memórias de sucesso e atualmente apresenta um podcast.

"Sempre que olhamos para esta Casa Branca em busca de liderança, conforto ou alguma aparência de estabilidade, o que obtemos é caos, divisão e uma total e absoluta falta de empatia", disse a esposa do ex-presidente Barack Obama, em uma crítica sem precedentes a um presidente em exercício.

Trump, que se vangloriou da força da economia americana com baixos índices de desemprego até a chegada do novo coronavírus, reiterou que a situação está melhorando rapidamente.

"Meu governo e eu construímos a maior economia da história, de qualquer país", tuitou o presidente, embora os Estados Unidos apresentem o balanço mais grave do coronavírus, com mais de 170.000 mortos, e o desemprego supere os 10%.

- Segue o debate sobre o voto por correio -

Em meio a um forte debate sobre o voto por correio que é visto como crucial por causa da pandemia, o serviço postal anunciou que adiará para depois das eleições uma série de reformas que diversos setores denunciaram que poderiam colocar em risco o voto nessa modalidade.

Entre as principais mudanças estava a retirada das caixas de recolhimento e equipamentos de processamento, e a eliminação das horas extras.

Na terça-feira, Trump alimentou o debate sobre a votação à distância, declarando que o voto universal por correio seria um "desastre", em meio a uma luta acirrada com os democratas.

"Isso vai acabar com uma eleição fraudulenta ou nunca vão divulgar o resultado e vão ter que repetir (a votação) e ninguém quer isso", alertou o presidente. Trump ameaçou bloquear fundos adicionais para o serviço postal que os democratas dizem serem necessários para processar milhões de cédulas.

- Trump em campanha -

A transmissão desta terça-feira inclui uma etapa fundamental: a votação dos mais de 3.900 delegados dos 50 estados e sete territórios que elegem o candidato democrata à Casa Branca.

Na tentativa dos democratas de cobrir todo o espectro eleitoral e promover a união, a jovem deputada de origem porto-riquenha Alexandria Ocasio-Cortez também falará nesta terça-feira, em meio a uma polêmica, porque só terá 60 segundos para discursar.

A congressista foi uma das figuras centrais na tentativa do senador progressista Bernie Sanders de obter a indicação que perdeu para Biden, e também é uma figura importante para um eleitorado mais jovem de esquerda.

Biden, que fez uma breve aparição na segunda-feira, falará na quinta-feira para aceitar a nomeação. Sua companheira de chapa, Kamala Harris, será a oradora principal na quarta-feira, precedida do discurso do ex-presidente Barack Obama.

Trump não ficará de braços cruzados.

Retornando à estratégia da segunda-feira, quando se dirigiu a Wiscosin, próximo ao conclave democrata, o presidente viajou a Iowa e Arizona, que também são estados primordiais para se eleger à Casa Branca.


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