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Estado de Minas

Síria registra alta alarmante de mortalidade infantil em acampamento de deslocados


13/08/2020 10:55

Oito crianças menores de cinco anos morreram em cinco dias no campo de deslocados de Al-Hol, que abriga principalmente famílias de jihadistas no nordeste da Síria, informou a ONG Save the Children nesta quinta-feira, denunciando um "fracasso" humanitário coletivo.

A taxa de mortalidade infantil em Al-Hol foi "mais de três vezes maior" entre 6 e 10 de agosto do que a média registrada desde o início do ano, segundo nota da ONG britânica.

O extenso campo de Al-Hol é o lar de dezenas de milhares de pessoas deslocadas internamente, incluindo famílias jihadistas do grupo do Estado Islâmico (EI), e é administrado pelo governo curdo semiautônomo que controla grande parte do nordeste da Síria.

"Estamos testemunhando um fracasso coletivo em todos os níveis para proteger as crianças", lamentou Sonia Khush, diretora de Save the Children na Síria, citada na nota.

Khush denunciou "a morte trágica e evitável de oito crianças que poderiam ter recebido o tratamento que precisavam para sobreviver".

Elas sofriam de "problemas cardíacos, hemorragia interna ou desnutrição grave".

"Como o Conselho de Segurança da ONU falhou em reabrir a passagem de fronteira mais próxima", há "atrasos imperdoáveis" na chegada de ajuda humanitária, explicou Khush.

De acordo com Save the Children, a capacidade de saúde do acampamento foi reduzida em 40%, com apenas um dos três hospitais de campanha funcionando parcialmente.

A autorização transfronteiriça das Nações Unidas, em vigor desde 2014, permite a entrega de ajuda à população síria sem a aprovação de Damasco.

No entanto, o mecanismo já havia sido severamente restringido pela Rússia, que acredita que ele viola a soberania de seu aliado sírio.

Somadas a essas dificuldades estão os "temores de uma epidemia de COVID-19" no acampamento, de acordo com a Save the Children.

No dia 6 de agosto, foram registrados os primeiros casos do novo coronavírus em Al-Hol, em três integrantes da equipe de saúde.

A administração curda informou que registrou 171 casos, dos quais oito morreram, nas áreas sob seu controle.


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