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Estado de Minas

OIT alerta para impacto da pandemia sobre os jovens


11/08/2020 16:25

Estudos interrompidos, empregos destruídos, perspectivas de carreira adiadas: os jovens pagam um preço alto pela pandemia de COVID-19, especialmente em países de baixa renda, concluiu um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

De acordo com este estudo publicado nesta terça-feira(11), a pandemia teve um "impacto sistemático, profundo e desproporcional" sobre os jovens entre 18 e 29 anos que "exacerbou as desigualdades sob o risco de enfraquecer o potencial produtivo de uma geração inteira."

A OIT enfatiza que 73% dos jovens que estudam ou combinam estudos e trabalho foram gravemente afetados pelo fechamento de escolas, universidades e centros de formação. Nem todos conseguiram continuar seu aprendizado on-line, principalmente em países pobres. "A ampla divisão digital entre as regiões" se manifestou nesta ocasião.

Embora 65% dos jovens em países de alta renda possam acompanhar seus cursos por videoconferência, apenas 18% dos que vivem em países de baixa renda puderam continuar estudando on-line. Mesmo entre os que fizeram cursos a distância (65%) há a sensação de que aprenderam menos.

Para muitos alunos, a conclusão dos estudos pode ser adiada e 9% consideram o abandono.

No mercado de trabalho, um jovem em cada seis deixou de trabalhar, 42% dos que continuaram mas viram o seu rendimento diminuir e cerca de 4 jovens em cada dez "têm dúvidas sobre as suas perspectivas de carreira".

"É provável que a crise tenha criado mais entraves no mercado de trabalho e prolongado o período de transição entre o fim dos estudos e o momento em que os jovens conseguem o primeiro emprego", enfatiza a OIT.

"A pandemia causa muitos efeitos negativos para os jovens. Ela não só destrói seus empregos e suas perspectivas de emprego, mas afeta sua educação e formação e, no final, tem graves repercussões para o bem-estar mental. Diante dessa situação, não podemos continuar inertes", disse Guy Ryder, diretor-geral da OIT, em nota.

De acordo com a pesquisa, "50% dos jovens podem ser afetados por ansiedade ou depressão e 17% provavelmente já sofrem". A OIT defende "respostas políticas urgentes e em grande escala com objetivos claros para evitar que a crise afete as perspectivas de emprego de toda uma geração de jovens".

Solicita ainda que seja garantido aos jovens o acesso ao seguro-desemprego e que sejam aplicadas medidas no domínio da saúde mental "quer com apoio psicossocial quer com atividades desportivas".

Com base em um estudo com mais de 12.000 jovens de 18 a 29 anos, realizado on-line em 23 idiomas em 112 países, entre 21 de abril e 21 de maio, este relatório é uma publicação conjunta da OIT e de várias organizações e associações.


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