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Estado de Minas

Tempestade Isaías chega enfraquecida no Canadá após deixar ao menos cinco mortos nos EUA


05/08/2020 13:55

A tempestade tropical Isaías deixou pelo menos cinco mortos após atingir a costa leste dos Estados Unidos com fortes ventos e chuva, onde cerca de três milhões de pessoas ficaram sem luz, antes de chegar ao Canadá nesta quarta-feira (5).

Na última hora de terça-feira, Isaías enfraqueceu e foi reclassificado como um ciclone pós-tropical, uma categoria inferior à de tempestade tropical, enquanto avançava para o sudeste canadense, onde deve se dissipar o mais tardar até quinta-feira, segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC).

A previsão para Quebec alerta sobre ventos de até 80 km/h e fortes chuvas.

Na passagem pelo nordeste dos Estados Unidos, Isaías causou destruição e mortes em vários estados, cobrindo as ruas com escombros, fechando estradas e forçando o cancelamento de dezenas de voos.

Duas pessoas morreram na Carolina do Norte quando um tornado devastou uma casa móvel. Outras duas morreram por quedas de árvores sobre seus veículos, uma em Nova York e a outra em Maryland.

Em Delaware, uma mulher de 83 anos foi encontrada morta debaixo de um galho de árvore, perto de sua casa.

As autoridades instalaram diques de proteção na parte baixa de Manhattan pela manhã, antecipando um aumento no nível da água. A chuva acabou não sendo tão forte quanto se temia, porém, com uma tempestade "mais de vento do que de inundações até agora, graças a Deus", declarou o prefeito de Nova York, Bill De Blasio, à emissora local NY1.

- Milhões sem luz -

Em Nova Jersey, onde o governador Phil Murphy declarou estado de emergência e pediu aos cidadãos que não se aventurem nas estradas, imagens de vídeos flagraram o vento arrancando tetos de residências.

Cerca de 3 milhões de pessoas estavam sem energia em várias áreas, segundo companhias do setor, com cortes que afetavam Nova Jersey e Nova York.

As empresas de eletricidade recomendaram que moradores em casas inundadas desliguem a fonte de alimentação para evitar serem eletrocutadas.

Isaías tocou o chão como furacão de categoria 1 na Carolina do Norte na noite de terça, com ventos de até 140 km/h. Depois, perdeu força, enquanto avançava para o nordeste do país, rumo ao sudeste do Canadá, onde a expectativa é de chuvas intensas.

"Houve muitas árvores derrubadas, inundações", especialmente no sudeste da Carolina do Norte, "carros flutuando", "cerca de 355.000 usuários em luz" e "tivemos vários tornados", disse o governador da Carolina do Norte, Roy Cooper.

"Mas, no geral, o dano não foi tão sério quanto poderia ter sido", completou.

Na segunda-feira, o presidente Donald Trump emitiu declarações de emergência para a Flórida e ambas as Carolinas, liberando recursos federais.

- E o coronavírus? -

Os moradores dos estados da costa sudeste dos Estados Unidos estão acostumados, quase todo o verão, com a passagem de tempestades. Este ano, no entanto, os preparativos para a chegada de Isaías foram afetados pela pandemia do novo coronavírus.

As duas Carolinas sofrem com o aumento de casos, enquanto os Estados Unidos lutam para conter a propagação da epidemia.

O governador Cooper havia recomendado que os moradores usassem máscara e mantivessem a distância física, apesar da tempestade.

Ontem, Cooper afirmou que mais abrigos precisavam ser planejados para permitir o distanciamento social entre os evacuados e que cerca de 150 soldados da Guarda Nacional foram enviados para tarefas de emergência.

Isaías foi rebaixado de furacão de categoria 1 para tempestade tropical depois de contornar a Flórida - um dos epicentros da pandemia de coronavírus - sem causar grandes problemas, mas se fortaleceu ao se aproximar das Carolinas.

Alguns centros de testes de coronavírus tiveram de fechar quando a tempestade se aproximava da Flórida, mas já foram reabertos. As autoridades locais temiam o efeito devastador da tempestade somado à crise da saúde, mas o "Estado do Sol" se salvou.

Isaías passou como furacão no Caribe e deixou uma mulher morta em Porto Rico. Também causou pequenos danos na República Dominicana e nas Bahamas.


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