Um neonazista alemão confessou, durante seu julgamento nesta quarta-feira (5), ter matado o político regional pró-migrantes Walter Lübcke, um crime que chocou o país e aumentou a conscientização sobre a crescente ameaça da extrema direita.
"Eu atirei" em Walter Lübcke, reconheceu Stephan Ernst, de acordo com uma declaração lida pela defesa.
Ernst é acusado de ter matado o político com um tiro na cabeça, em 1o de junho de 2019.
Em um primeiro momento, Stephan Ernst confessou o assassinato, mas depois recuou e acusou seu suposto cúmplice, Markus Hartmann.
Hoje, pediu desculpas à família Lubcke.
"Eu sei, o que Hartmann e eu fizemos será imperdoável para sempre", afirmou.
"Foi cruel e covarde", reconheceu. "Mas não posso mudar nada", acrescentou.
O assassinato desse político, membro do partido conservador de Angela Merkel, despertou o fantasma do terrorismo de extrema direita.
Subestimado na década de 2000 pelas autoridades gregas, apesar da morte de oito imigrantes turcos, um grego e uma policial alemã nas mãos do grupo neonazista NSU, a ameaça é vista hoje como um desafio crucial para a segurança interna da Alemanha.