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Estado de Minas

Demissão de professor pró-democracia gera revolta em Hong Kong


29/07/2020 10:07

O anúncio da demissão do professor universitário Benny Tai, uma figura do movimento pró-democracia em Hong Kong, causou revolta na ex-colônia britânica, nesta quarta-feira (29), acusada de abrir mão das liberdades acadêmicas sob pressão de Pequim.

O professor de direito de 56 anos anunciou que foi demitido na terça-feira por uma comissão disciplinar da Universidade de Hong Kong (HKU), após ter sido preso, no ano passado, em protestos da chamada "Revolução dos Guarda-Chuvas".

Em 2014, essa mobilização paralisou a ex-colônia britânica por 79 dias e irritou Pequim.

Hoje, o professor anunciou no Facebook que vai recorrer da decisão e questionou a chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam.

"Sei que é um processo inútil, mas Carrie Lam não pode ignorar suas responsabilidades na erosão das liberdades acadêmicas de Hong Kong", disse Tai, acusando Pequim de influenciar a decisão da universidade.

Tai é uma das figuras do movimento pró-democracia, um advogado que trabalha pela não violência e que foi duramente criticado pelas autoridades chinesas.

O Escritório de Enlace, que representa o governo chinês no território semiautônomo, divulgou na terça-feira um comunicado, elogiando a demissão e o apresentou como uma pessoa "maléfica".

"Benny Tai se tornou um mártir da desobediência civil", disse Joseph Chan, professor de Ciência Política da HKU, no Facebook.

"Pequim agora ataca as liberdades acadêmicas de Hong Kong", tuitou, por sua vez, Joshua Wong, outra conhecida figura da "Revolução dos Guarda-Chuvas".


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