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Estado de Minas

EUA não expulsará crianças migrantes detidas em hotel


27/07/2020 22:06

O governo de Donald Trump anunciou nesta segunda-feira (27) que não vai expulsar um grupo de crianças migrantes, detidas em um hotel para ser deportadas. Seu caso havia sido denunciado por várias organizações de defesa dos direitos humanos, inclusive a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).

A organização Texas Civil Right Proyect denunciou na semana passada que o governo Trump estava usando a rede de hotéis Hampton Inn & Suites em várias localidades fronteiriças para deter crianças migrantes antes de sua deportação para evitar deixar rastro judicial.

Na sexta-feira, a organização denunciou o governo e nesta segunda, o Departamento de Justiça informou ao tribunal de Washington DC que os menores que estavam no hotel em 23 de julho e que ainda estiverem nos Estados Unidos serão submetidos aos procedimentos migratórios e não serão expulsos.

Segundo organizações de defesa dos direitos humanos, entre abril e junho 200 crianças foram retidas em hotéis para serem deportadas posteriormente.

A Texas Civil Right Proyect afirmou que os hotéis se tornaram "buracos negros de informação para que as pessoas detidas não possam buscar ajuda" e denunciou que os migrantes colocaram cartazes nas janelas dizendo que não tinham acesso a telefones e pediram "ajuda".

Nesta segunda, a organização comemorou o freio à expulsão dos menores e informou que o governo aceitou transferi-los ao Escritório de Reassentamento de Refugiados (ORR).

"Isto é claramente uma admissão de má conduta por parte do governo Trump. No entanto, sabemos que há muitas outras famílias que foram detidas neste hotel e que ainda poderiam estar desaparecidas", denunciou a organização.

Quando tomou conhecimento da prática, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) expressou preocupação e informou os Estados Unidos que a detenção de crianças e adolescentes desacompanhados "é uma violação dos seus direitos".

O governo Trump adota uma linha dura contra a imigração e em 2018 implantou uma política de "tolerância zero", que resultou na separação de crianças de seus pais na fronteira. Diante da onda de indignação, o presidente teve que suspender sua aplicação.


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