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Estado de Minas

Fed se reúne em meio ao aumento de casos de coronavírus nos EUA


27/07/2020 09:31

O Federal Reserve dos Estados Unidos realiza sua reunião de política monetária nesta terça e quarta-feira, em meio a um aumento de casos de coronavírus que forçou a reimposição de medidas de confinamento e fechamento de negócios em parte do país.

Apesar disso, é improvável que o Fed tome qualquer ação específica esta semana para lidar com a situação.

"Não esperamos que o assunto seja mencionado no comunicado", antecipa Mickey Levy, economista-chefe da Berenberg Markets, entrevistado pela AFP.

O presidente do Fed, Jerome Powell, poderia dizer na conferência de imprensa subsequente que o banco central "está pronto para agir, se necessário, para dar mais apoio à economia", acrescentou o analista.

Os Estados Unidos estavam otimistas em junho, com a reabertura de lojas, restaurantes e praias sob o impulso do presidente Donald Trump, reiniciando o consumo, tradicional motor da economia do país.

O desemprego, abaixo do esperado em maio, começou a diminuir em junho.

Mas as infecções voltaram a aumentar no final daquele mês e muitos estados, principalmente do sul e oeste do país, como Califórnia, Flórida e Texas, tiveram que recuar.

As demissões, que desde o final de março causaram um aumento exponencial dos pedidos de seguro-desemprego, cresceram novamente em meados de julho.

Enquanto isso, o especialista em imunologia e conselheiro da Casa Branca Anthony Fauci recomendou que os estados mais afetados não reabram suas economias, em uma entrevista publicada sexta-feira pelo Washington Post.

"O Fed enfatizará a incerteza", mas "não mudará a política", acredita Levy.

Desde março, o banco central dos EUA anunciou várias medidas para permitir que a economia funcionasse em meio à pandemia.

Desta vez, nada sugere mudanças nas taxas de juros: o Fed as reduziu a zero em meados de março devido ao avanço da pandemia.

Hierarcas da entidade monetária reiteraram que as manteriam nesse nível enquanto a economia não emergir da crise.

Quanto à adoção de taxas negativas, como fizeram os bancos centrais da Suíça e do Japão, todos descartaram essa hipótese por considerá-la "inadequada para o contexto dos Estados Unidos".

Os mercados esperam que as taxas permaneçam na faixa atual de 0% a 0,25%.

"Esperamos que o presidente Powell continue muito cauteloso e que enfatize os riscos consideráveis que pesam sobre as perspectivas econômicas de médio prazo", disse Kathy Bostjancic, da Oxford Economics.

Ele também acredita que o chefe do Fed "apoie os esforços do Congresso", que atualmente negocia ajuda adicional, incluindo a extensão dos auxílios de desemprego, novos empréstimos para PMEs, novos cheques e fundos para permitir a reabertura de escolas.

O Fed espera uma queda de 6,5% no PIB americano em 2020, uma forte recuperação de 5% em 2021 e um crescimento de 3,5% em 2022.

O PIB dos EUA caiu 4,8% no primeiro trimestre. O indicador do segundo trimestre será divulgado na quinta-feira.

No entanto, a Casa Branca espera uma forte recuperação no segundo semestre do ano.

"Não nego que alguns estados em situação crítica (devido à pandemia) moderem a recuperação. Mas, no geral, as perspectivas são muito positivas e acho que haverá uma recuperação em forma de V", disse Larry Kudlow, consultor econômico de Trump, no canal CNN.

"Ainda acredito que haverá uma taxa de crescimento de 20% no terceiro e quarto trimestres", acrescentou.


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