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Estado de Minas

Voluntário confessa ser autor do incêndio da catedral francesa de Nantes


26/07/2020 11:25

Uma semana após o incêndio na catedral de Nantes, no oeste da França, o principal suspeito - um voluntário ruandês - confessou ser o autor do ato criminoso e foi imediatamente acusado e colocado em detenção preventiva.

"Meu cliente cooperou" com a Justiça, disse à imprensa Quentin Chabert, advogado deste homem que foi acusado de "destruição e degradação pelo fogo".

"Ele lamenta amargamente os fatos e falar foi uma libertação para ele. Meu cliente está consumido pelo remorso", acrescentou o advogado.

De acordo com o promotor de Nantes, Pierre Sennès, o homem "reconheceu perante o juiz que foi responsável pelos três incêndios na catedral: no grande órgão, no órgão pequeno e em um painel elétrico".

Este homem de 39 anos, um ruandês que chegou à França como refugiado há vários anos, era o encarregado de fechar a catedral, na véspera do incidente, relatou na semana passada à AFP o reitor da catedral de Nantes, padre Hubert Champenois.

O padre disse conhecê-lo há "quatro, ou cinco, anos".

O incêndio na catedral de Nantes, ocorrido 15 meses após o da Catedral Notre-Dame de Paris, chocou os moradores da cidade. Alguns se lembraram de outro incêndio, neste mesmo prédio, em 28 de janeiro de 1972.

A construção deste templo em estilo gótico durou séculos, indo de 1434 a 1891.

- Três focos -

O homem foi detido horas após a abertura da investigação em 18 de julho, mas acabou solto no dia seguinte. Os investigadores queriam interrogá-lo, porque não havia vestígios de que alguém tivesse entrado no prédio à força.

Como parte desta investigação, "mais de 30 pessoas" prestaram depoimento. Cerca de 20 investigadores da polícia judiciária foram mobilizados para determinar a causa do incêndio.

O homem, que voltou a ser preso ontem, pode ser condenado a uma "sentença de dez anos de prisão e a pagar uma multa de 150.000 euros" (US$ 175.000), segundo o promotor.

A investigação revelou a existência de três focos diferentes de fogo na Catedral de São Pedro e São Paulo.

"Eles se encontram a uma distância substancial um do outro", disse o promotor no dia do incêndio.

Em 18 de julho, às 7h45 locais (2h45 no horário de Brasília), transeuntes deram o alerta, quando viram chamas saindo do prédio.

Os bombeiros levaram cerca de duas horas para conter o fogo, que destruiu uma tela do pintor do século XIX Hippolyte Flandrin e o grande órgão, sobre a fachada, no primeiro andar.

Além do grande órgão, do qual "muito pouco ou nada" pode ser salvo, de acordo com o chefe do Departamento de Patrimônio da Direção Regional de Assuntos Culturais, Philippe Charron, "a maioria das obras foi salva" e guardada, "sobretudo, no castelo de Nantes".

Charron acredita que levará semanas para garantir a segurança do local, e meses, para realizar a investigação, que será feita "pedra por pedra".

Quanto à duração das obras de reconstrução, calcula-se que deve levar em torno de um ano.

O Estado participará da reconstrução, prometeu o primeiro-ministro francês, Jean Castex, que foi a Nantes elogiar o trabalho dos bombeiros no dia da tragédia.


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