A Prefeitura de São Paulo lamentou nesta sexta-feira (24) a decisão da Fórmula 1 de cancelar o Grande Prêmio de Interlagos, previsto para 15 de novembro, devido à pandemia da COVID-19.
"Fomos informados da decisão e a respeitamos", afirmou o prefeito da cidade, Bruno Covas, em entrevista coletiva.
Mas "tanto as autoridades sanitárias do estado e do município desenvolveram protocolo para eventos automobilístico. Não há, desde já, qualquer proibição para a realização desde que aconteça sem público", acrescentou.
Das mais de 84.000 mortes por coronavírus no Brasil, cerca de um quarto (20.894) foi registrado em São Paulo.
Mas a curva mostrou sinais de estabilização nas últimas semanas e, segundo Covas, "as projeções mostram que em novembro a situação será muito melhor do que a dos países europeus onde o GP é realizado".
As etapas dos Estados Unidos, Brasil, México e Canadá não serão disputadas este ano devido à pandemia, mas três novas provas, na Alemanha, Portugal e Itália, foram incluídas no calendário de outubro, anunciaram os organizadores do mundial da principal categoria de automobilismo nesta sexta.
Com essa decisão, o Brasil está fora do campeonato de F1 pela primeira vez desde que entrou calendário da categoria em 1973.
Há apenas duas semanas, o governador de São Paulo, João Doria, afirmou que o GP no país estava confirmado e que seria realizado com protocolos de saúde.
"Entendemos isso como importante para o turismo. Para este ano, a F1 está confirmada e a pista obviamente será preparada com protocolos de saúde. E os organizadores já sabem disso", disse Doria em 10 de julho.
Covas também anunciou que a capital paulista ainda está "negociando com a organização do evento para prorrogar o contrato para o próximo ano", depois que a cidade do Rio de Janeiro anunciou sua intenção de construir um circuito para sediar o GP do Brasil.