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Estado de Minas

Departamento de Justiça dos EUA investiga repressão federal em Portland


23/07/2020 20:55

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira (23) uma investigação sobre o uso da força por agentes federais em Portland e Washington, em meio a críticas à repressão usada para frear manifestações contra o racismo e a violência policial.

O inspetor-geral Michael Horowitz disse que seu gabinete abriu uma investigação sobre os eventos ocorridos em Portland, após informes de que agentes federais com trajes camuflados usaram a força em ruas da cidade e retiveram pessoas em carros sem placa oficial.

Outra investigação é realizada sobre uma intervenção contra manifestantes na Praça Lafayette, da capital americana, em 1º de junho, perto da Casa Branca.

Serão "examinadas as funções e responsabilidades do Departamento de Justiça e seus instrumentos para a aplicação da lei em sua resposta aos protestos e distúrbios civis em Washington DC, e em Portland, Oregon, durante os últimos dois meses".

Isto incluirá o cumprimento das políticas vigentes com relação ao uso de munições menos letais, agentes químicos e outros mecanismos de dissuasão, informou Horowitz.

O Departamento de Segurança Interna, no entanto, também disse estar realizando uma investigação, em meio a críticas contra seus agentes por seu comportamento em Portland.

Os legisladores saudaram as investigações em sua reivindicação por respostas à repressão das forças federais com "gás lacrimogêneo e agressões a manifestantes pacíficos e cidadãos que exercem os direitos da Primeira Emenda", que garante a liberdade de expressão.

Na madrugada desta quinta-feira, o prefeito democrata de Portland, Ted Wheeler, ficou em meio a um protesto, reprimido com gás lacrimogêneo, enquanto estava reunido com manifestantes.

Wheeler, que usava óculos de proteção e máscara, foi levado para longe da multidão em meio a uma nuvem de gás, segundo imagens da AFP.

"Esta é uma reação desproporcional dos agentes federais", disse Wheeler, que qualificou os fatos de "guerra urbana".

Os protestos foram provocados inicialmente pelo assassinato de George Floyd, um afro-americano morto por um policial branco em 25 de maio em Minnesota. Mas se estenderam a uma reivindicação generalizada contra o racismo e a violência da polícia.

Trump justificou a mobilização de agentes federais, afirmando que eram necessários para proteger prédios públicos e restabelecer a ordem, enquanto descreveu os manifestantes como "anarquistas e agitadores", e prometeu enviar mais agentes federais a outras cidades do país.


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