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Estado de Minas

Polícia chilena conclui extradição à França de chileno acusado de matar ex-namorada


23/07/2020 18:26

Depois de mais de três anos escapando das autoridades francesas, o chileno Nicolás Zepeda foi extraditado nesta quinta-feira em um voo para Paris para enfrentar a justiça da França pelo assassinato da ex-namorada japonesa, desaparecida na cidade de Besançon, em 2016.

O voo AF 401, da companhia Air France, decolou do aeroporto em Santiago com quase uma hora de atraso, às 19H37 GMT, depois que Zepeda foi entregue à polícia francesa no terminal aéreo, onde permaneceu por mais de 14 horas, desde a última quarta à noite, segundo a polícia chilena.

Antes de entrar no voo de 14 horas e meia de duração, o promotor Etienne Manteaux disse em Besançon à AFP que Zepeda havia se "entregado aos policiais franceses no aeroporto de Santiago".

Em uma operação especial, horas antes do voo para a Paris, agentes da Polícia de Investigações (PDI) retiraram Zepeda, de 29 anos, de seu apartamento no balneário de Viña del Mar, 120 km ao oeste de Santiago, onde cumpria prisão domiciliar, constataram jornalistas da AFP nesta quarta-feira.

Com a extradição, termina no Chile o processo iniciado em março, quando foi acatado o pedido da justiça francesa contra Zepeda, um engenheiro de produção que é o único suspeito pelo desaparecimento de Narumi Kurosaki, sua ex-namorada de 21 anos.

O rastro da jovem japonesa se perdeu em 6 de dezembro de 2016 em um dormitório universitário em Besançon. Seu corpo ainda não foi encontrado.

A justiça francesa acusa o chileno de "crime de homicídio doloso com premeditação" após viajar à França com a intenção de cometer o crime, depois de descobrir que a ex-namorada estava envolvida em um novo relacionamento.

De acordo com a investigação, nos dias anteriores ao crime, Zepeda comprou material inflamável, seguiu a vítima e a convidou para jantar. Em seguida, já no dormitório universitário, teria estrangulado a ex-namorada, antes de esconder o corpo em uma mala, que colocou em um bosque da região.

Para chegar a essa acusação, os tribunais franceses realizaram a triangulação do GPS do carro que Zepeda alugou na França, analisaram imagens de câmeras de estabelecimentos comerciais e as compras que ele tinha feito com o cartão de crédito.

Durante o julgamento, o chileno estava calmo e disposto a colaborar. Sua defesa alegou sua inocência e disse que os requisitos para extradição não tinham sido atendidos.

Embora no Chile o caso não tenha despertado muito interesse, na França e no Japão tem sido acompanhado, principalmente agora diante da possibilidade de julgar o único acusado.

Sua defesa na França será realizada por Jacqueline Laffont, renomada advogada que defendeu o ex-presidente francês Nicolás Sarkozy em um caso de corrupção, segundo a imprensa francesa.


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