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Estado de Minas

Sobremortalidade na Itália chegou a 100% no pico da pandemia, aponta estudo


20/07/2020 14:25

As mortes na Itália atingiram o dobro do registrado em anos anteriores no mês de março, o pico da pandemia no país, segundo estudo publicado nesta segunda-feira que destaca a sub-representação dos números relacionados ao vírus.

Este estudo publicado pela revista Jama de Medicina Interna confirma o duro balanço que o vírus deixou na Itália no início da onda de infecções que atingiu a Europa.

O país não é o único a não estimar com precisão as mortes causadas pelo novo coronavírus. Uma análise do jornal The New York Time mostrou que Peru, Estados Unidos e Cidade do México também realizam contagens abaixo das reais.

Segundo este estudo publicado pelo jornal americano no início do mês, o Peru encabeça a lista de países nos quais os dados sub-representam o balanço da crise, com uma sobremortalidade de 136% entre abril e junho.

Na Cidade do México, entre 30 de março e 28 de junho, esse parâmetro atingiu 126%. Em Nova York, o número de mortos triplicou na primavera, mas 22% dos mortos não foram incluídos nos saldos oficiais por falta de testes.

Para calcular o verdadeiro balanço da epidemia, especialistas em demografia e outros acadêmicos não se referem apenas a casos confirmados por testes, mas também usam estatísticas oficiais, atestados de óbito e comparam o total com números de anos anteriores.

Esse método é comumente usado para estimar saldos de gripe.

Em 4 de abril, a Itália observou que registrou oficialmente mais de 15.000 mortes por COVID-19. Nas estatísticas oficiais, entre 1º de março e 4 de abril, 41.329 pessoas morreram na Itália, em comparação com uma média de 20.000 nos cinco anos anteriores.

Isso representa um aumento na mortalidade de 104,5%, segundo os pesquisadores.

Nesse período, os dados oficiais do COVID-19 foram registrados no hospital e em uma minoria de residência de idosos, o que explica a sub-representação dos dados.

Na Lombardia, a região mais atingida, a sobremortalidade foi de 173% em relação aos anos anteriores e, para os homens, esse indicador atingiu 213%.

Com o aumento da disponibilidade de testes, a contagem de casos melhorou e, por exemplo, em Nova York, que durante vários meses foi o foco principal da pandemia nos Estados Unidos, a diferença entre o saldo oficial e o saldo real quase desapareceu.


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