A companhia canadense Cirque du Soleil anunciou nesta quinta-feira (16) ter aceito uma oferta de compra de seus credores, que servirá de base para seu leilão em agosto.
O acordo prevê que os credores vão adquirir "quase todos os ativos", disse em um comunicado de imprensa a companhia de entretenimento.
O convênio substitui a oferta de compra que a companhia sediada em Motreal concluiu no fim de junho com seus atuais acionistas, os fundos americanos TPG e Chinese Fosun, assim como com a Caisse de depot et place de Quebec.
Leia Mais
EUA registra 68.428 novos contágios de COVID-19 em novo recorde diárioIgrejas mexicanas enfrentam a crise sanitária com cortes salariais e empréstimosBCE mantém programa anti-crise antes de cúpula europeiaCOVID-19: Crise pode estender fome a mais 132 milhões de pessoas em 2020Depois do confinamento, a crise encurrala as pequenas empresasEstados Unidos têm novo recorde diário com 68 mil contágios de COVID-19A maioria deles foi demitida no fim de junho, quando o grupo pediu proteção judicial.
O Tribunal Superior de Quebec, que supervisiona a reestruturação do navio que é marca cultural da província canadense franco-parlante, celebrará na sexta-feira uma audiência para aprovar a nova oferta.
Segundo o jornal Globe and Mail, o acordo estabelece que os credores vão injetar entre 300 e 375 milhões de dólares e vão acordar reduzir a dívida garantida do circo de 1,1 bilhão de dólares para US$ 300 milhões.
Finalmente, garante a manutenção da sede central do grupo em Montreal por pelo menos os próximos cinco anos.
A oferta anterior de compra de acionistas foi cancelada.
"Estamos muito contentes de ter chegado a este acordo com o Cirque du Soleil", disse Gabriel de Alba, diretor-gerente do fundo canadense Catalyst Capital Group, o maior credor da companhia artística.
"A cooperação do grupo de credores foi extraordinária para alcançar nosso objetivo de recapitalizar e revitalizar o circo", disse.
Outros investidores planejam oferecer mais para adquirir o circo antes de 18 de agosto, data-limite para apresentar uma oferta. Entre eles se destacam seu fundador, o ex-engolidor de chamas Guy Laliberté, que o vendeu em 2015, assim como o império midiático Quebec Quebecor.