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Estado de Minas

Pandemia avança nas Américas e no sul da Ásia; Espanha recorda seus mortos


postado em 16/07/2020 10:43

Os números de mortes e contágios aumentam nos Estados Unidos, América Latina e no sul da Ásia, onde novos confinamentos foram determinados, enquanto a Espanha, um dos países mais afetados pelo novo coronavírus, prestou homenagem nesta quinta-feira a suas vítimas fatais.

Muito afetada pela pandemia, a Espanha recordou as vítimas do coronavírus em uma cerimônia solene de Estado, com a presença de governantes europeus e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O evento foi liderado pelo rei Felipe VI, que em seu discurso destacou os parentes dos falecidos e afirmou que "não estão sozinhos em sua dor, é uma dor que compartilhamos, seu luto é o nosso".

"Hoje, simbolicamente, nos despedimos de mães, pais, filhos, irmãos, amigos; pegamos suas mãos, acariciamos suas bochechas, beijamos sua testa, registramos seus olhares em nossos corações", disse em outro discurso Hernando Calleja, irmão de José María Calleja, um famoso jornalista espanhol que morreu em abril, vítima do coronavírus.

Sétimo país do mundo com mais mortes provocadas pela COVID-19, a Espanha reporta oficialmente mais de 28.400 óbitos e registrou nos últimos dias um aumento dos contágios, incluindo na zona de Lérida, Catalunha, cujas autoridades ordenaram o confinamento de 160.000 pessoas.

Mas não é um caso único. Diversos países estão voltando a impor restrições para frear a propagação, como a Alemanha, que deseja se preparar para uma possível segunda onda e quer instaurar "proibições de saída" em áreas geográficas limitadas, ou a França, onde a máscara em locais públicos fechados será obrigatória a partir da próxima semana.

- Salvar 40.000 pessoas -

A pandemia, que provocou mais de 584.000 mortes e mais de 13,5 milhões de contágios em todo o mundo, segundo um balanço da AFP com base em fontes oficiais, está avançando sem trégua nos Estados Unidos, Brasil e Índia.

Os Estados Unidos lideram a lista de países mais afetados pelo vírus, com mais de 137.000 mortes e quase 3,5 milhões de casos. São números oficiais que para muitos estão abaixo dos reais. Os recordes se sucedem (67.600 casos nas últimas 24 horas) e se a tendência persistir, o balanço de mortos pode superar 150.000 em agosto, de acordo com os Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Cientistas afirmam, no entanto, que se o uso de máscaras se tornar generalizado a medida pode salvar a vida de 40.000 pessoas até novembro.

Na triste lista de países mais afetados, o Brasil ocupa o segundo lugar, com mais de 75.300 mortos e quase dois milhões de casos. São Paulo e Rio de Janeiro registram o maior número de contaminações, mas o país observa um aumento de contágios na região sul.

"O número de contaminações continuará aumentando até outubro-novembro, com flutuações", afirmou recentemente à AFP Domingos Alves, da Universidade de Medicina de Ribeirão Preto.

Os estados do norte, territórios de muitos povos indígenas com defesas imunológicas frágeis, também estão na linha de frente.

A região da América Latina e Caribe superou na quarta-feira a marca de 150.000 mortes provocadas pelo coronavírus, segundo o balanço da AFP. É a segunda área do planeta com mais vítimas fatais, atrás da Europa (204.036 falecidos).

O Peru, segundo país latino-americano com mais casos, atingiu na quarta-feira o recorde de mais de 12.000 pacientes hospitalizados.

O país, que avança em um processo gradual de flexibilização do confinamento após mais de 100 dias de quarentena obrigatória, registra mais de 12.400 óbitos e mais de 337.700 casos.

A Argentina superou 2.000 mortes por COVID-19 em meio ao confinamento da Área Metropolitana de Buenos Aires, foco de 90% dos contágios.

Na Venezuela, onde o governo reforçou o confinamento em Caracas e no estado de Miranda, que inclui parte da capital, as instalações do Poliedro de Caracas, casa de espetáculos mais importante do país, serão adaptadas para o atendimento de pacientes de COVID-19.

- "Tragédia no sul da Ásia" -

Em outras partes do mundo, o vírus tampouco dá trégua e as medidas de retorno ao confinamento estão na ordem do dia.

Na Índia, os 125 milhões de habitantes do estado de Bihar, norte do país, devem respeitar o retorno do confinamento a partir desta quinta-feira após a aceleração de casos.

O país, quinta maior economia mundial e segundo mais populoso do planeta com 1,3 bilhão de habitantes, se aproxima de um milhão de casos confirmados do novo coronavírus.

Bihar, um estado pobre, permanecerá confinado a princípio por 15 dias. No sul do país, a grande cidade de Bangalore e sua periferia, onde vivem 13 milhões de pessoas, retomou o confinamento na quarta-feira, com duração prevista de uma semana.

O sul da Ásia parece a caminho de virar o novo epicentro da pandemia, segundo a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC).

"Enquanto o mundo olha para os Estados Unidos e a América Latina, uma tragédia humana similar emerge rapidamente no sul da Ásia", afirmou em um comunicado John Fleming, diretor regional da IFRC.


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