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Estado de Minas

Protesto da oposição na Rússia termina com mais de 140 detenções


postado em 15/07/2020 19:55

A polícia deteve nesta quarta-feira (15) mais de 140 pessoas depois de uma ação da oposição no centro de Moscou, segundo a ONG OVD-Info, especializada no acompanhamento de manifestações na Rússia.

No total, 142 pessoas foram detidas na capital russa, após uma concentração não autorizada contra a reforma constitucional que permite que o presidente Vladimir Putin permaneça no poder até 2036.

Correspondentes da AFP viram manifestantes e jornalistas ser detidos em uma rua do centro de Moscou, após o protesto organizado na praça Pushkin.

A agência de notícias pública TASS, citando fontes policiais, também informou que mais de cem pessoas tinham sido detidas e levadas para delegacias.

Uma vereadora da oposição, Yulia Galiamina, informou pelo Facebook que tinha sido detida com a filha em Moscou.

Os manifestantes foram ao local para assinar uma petição para um possível recurso junto ao Tribunal Supremo contra a reforma constitucional russa.

Após uma votação organizada no fim de junho e começo de julho, esta reforma foi validada por quase 78% dos eleitores, segundo resultados oficiais, mas a oposição denuncia fraudes maciças.

O líder opositor Alexei Navalny qualificou a consulta popular de uma "enorme mentira" e a ONG Golos, especializada em observação de eleições, denunciou uma violação "sem precedentes" da soberania do povo russo.

"Eu votei contra", disse Inna Golovina, contadora de 46 anos que participou da manifestação na quarta-feira.

"Dizem que os resultados foram manipulados. Vim expressar minha oposição", acrescentou.

"Rússia sem Putin!", "Rússia será livre!", gritaram os manifestantes.

"As autoridades fazem o que querem, a opinião do povo não interessa a ninguém", denunciou Andrei Stepanov, de 50 anos, um militar da reserva que participou de uma marcha similar em São Petersburgo, a segunda cidade da Rússia.

Cerca de mil pessoas se concentraram ali, segundo um jornalista da AFP.

A revisão da Constituição prevê, entre outras questões, reforçar os poderes do presidente Vladimir Putin e permitir-lhe permanecer no poder por mais dois mandatos, até 2036, quando terá 84 anos.


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