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Estado de Minas

Dia violento de protestos no Chile por retirada antecipada de fundos de pensão


postado em 15/07/2020 09:37

Vários distúrbios foram registrados na noite de terça-feira (14) em várias cidades do Chile, depois de uma convocação nas redes sociais para manifestações a favor da retirada antecipada de fundos de pensão que está sendo debatida no Congresso.

As autoridades anunciaram nesta quarta-feira (15) um balanço de 61 detidos.

Em Santiago, o protesto começou com "panelaços" em diferentes pontos da capital e ficou mais violento, com dezenas de manifestantes provocando incêndios em um supermercado e em uma concessionária de automóveis no bairro da Estação Central, no centro da cidade, onde queimaram mais de uma dúzia de veículos.

Os manifestantes também atearam fogo às barricadas nas ruas e causaram danos materiais às empresas. Os incidentes se espalharam para outras cidades.

No total, a polícia contabilizou 28 barricadas, 13 saques em supermercados e dois ataques a quarteis.

Esse quadro fez lembrar os protestos ocorridos após o surto social no país, em outubro passado.

O protesto aconteceu após um chamado nas redes sociais para defender a retirada antecipada de 10% dos fundos de pensão. O debate segue na Câmara dos Deputados, devido à falta de resposta oficial para atender a classe média.

Esses fundos seriam utilizados para auxiliar os afiliados ao sistema de seguridade social, a fim de enfrentar a crise econômica causada no Chile pelo novo coronavírus.

Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou legislar sobre a iniciativa e agora deve aprovar os artigos antes de sua revisão no Senado.

Os deputados votam nesta quarta-feira a favor ou contra essa medida, que determinará se ela vai para o Senado.

O presidente Sebastián Piñera se opôs a essa iniciativa e alertou que isso prejudicará as aposentadorias dos chilenos. Para conter sua aprovação legislativa, o presidente anunciou novas medidas na terça-feira, dentro de um plano de apoio à classe média, fortemente afetada pela pandemia.

Piñera concedeu um bônus de transferência direta de cerca de US$ 630 para trabalhadores de classe média, ou desempregados que tivessem um certo nível de renda formal antes da pandemia, além de um crédito solidário de até US$ 2.400, adiamento do aluguel e créditos estudantis.

"Nenhuma discussão democrática, nenhuma causa pode justificar atos de violência como os que ocorreram ontem à noite", criticou nesta quarta-feira o ministro do Interior e da Segurança, Gonzalo Blumel.

A proposta de retirada antecipada dos fundos tem alto apoio popular.

Uma pesquisa recente mostrou que 83% da população apoia a medida para enfrentar a crise decorrente da pandemia, que no Chile gerará uma queda no PIB de até 7,5% neste ano.


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