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Estado de Minas

Presidente francês quer tornar obrigatório uso de máscara em locais públicos fechados


postado em 14/07/2020 11:55

A França deve tornar obrigatório o uso de uma máscara protetora em todos os locais públicos fechados para conter a epidemia causada pelo coronavírus, que mostra sinais de recomeço, disse o presidente Emmanuel Macron nesta terça-feira (14).

"Gostaria que tornássemos a máscara obrigatória em todos os locais públicos fechados", declarou em entrevista na televisão por ocasião do feriado nacional, referindo-se à data de 1º de agosto para a implementação desta medida.

"Temos sinais" de que o contágio "ainda se manifesta" na França, alertou o presidente francês sobre a COVID-19, que já matou mais de 30.000 pessoas no país e em um momento em que as autoridades sanitárias advertem para o risco de um afrouxamento das precauções.

No sábado, 14 médicos de renome exigiram "o uso obrigatório da máscara em todos os locais públicos fechados" na França para impedir que a epidemia recomeçasse.

"Fazemos no transporte público, funciona muito bem, mas é um pouco irregular em locais públicos fechados (...) significa que as coisas precisam ser organizadas", explicou Macron.

"Precisamos prevenir e nos preparar para uma nova onda da epidemia", ressaltou o presidente. "Temos estoques e suprimentos", garantiu.

Questionado se a França teria prioridade para receber uma eventual vacina desenvolvida pelo grupo farmacêutico francês Sanofi - próximo a um acordo com a União Europeia para fornecer 300 milhões de doses -, ele garantiu que seu país estaria "entre os primeiros", mas recusou-se a exigir prioridade absoluta, considerando "absurdo" um possível "nacionalismo da saúde".

- Plano de recuperação -

Em relação ao plano de recuperação da economia francesa, ele representará "pelo menos 100 bilhões de euros", além dos 460 bilhões já comprometidos em medidas setoriais e de apoio à economia desde o início da pandemia.

"Estamos colocando nesse plano de recuperação, além do dinheiro já investido, pelo menos 100 bilhões para a recuperação industrial, ecológica, local, cultural e educacional. Estou convencido de que podemos construir um país diferente em dez anos", disse ele.

De manhã, Emmanuel Macron presidiu uma cerimônia por ocasião do feriado nacional, comemorado em formato reduzido, homenageando a mobilização dos militares e profissionais da saúde contra a COVID-19.

Pela primeira vez desde 1945, as autoridades cancelaram o tradicional desfile militar na avenida Champs-Elysées para comemorar a Queda da Bastilha, que marcou, em 14 de julho de 1789, o início da Revolução Francesa.

Quatro países europeus - Alemanha, Suíça, Áustria, Luxemburgo - foram representados simbolicamente, em agradecimento por terem atendido 161 pacientes franceses em seus hospitais.

Nas arquibancadas, 2.500 convidados, incluindo 1.400 franceses que viveram a epidemia na linha de frente: profissionais da saúde, familiares de vítimas da COVID-19, professores, caixas, funcionários de funerárias, policiais, bombeiros, trabalhadores de fábricas de máscaras ou de testes.

A entrevista de Macron na TV representa o pontapé inicial dos últimos 600 dias de seu mandato de cinco anos, com a eleição presidencial de 2022 à vista.

Questionado durante a entrevista sobre sua possível intenção de concorrer a um segundo mandato, ele não respondeu, argumentando se dedicar totalmente aos objetivos mais imediatos que estabeleceu.

Diante de uma certa impopularidade, o presidente francês deve, com seu novo primeiro-ministro Jean Castex, administrar uma crise sanitária, econômica e social que, segundo o Instituto Nacional de Estatística (Insee), mergulhará a França em uma recessão 9% em 2020, nunca visto desde 1948.


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