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Estado de Minas

Com aumento de casos de COVID-19, ganha força nos EUA debate sobre reconfinamento


postado em 13/07/2020 18:55

Com o aumento dos casos do COVID-19, prefeitos de várias cidades dos Estados Unidos planejam ou exigem uma reconfinamento, mas discordâncias políticas entre jurisdições diferentes impedem uma resposta unificada e coerente.

Em um momento em que vários lugares do mundo precisam recorrer a um reconfinamento, como Melbourne na Austrália, Lérida na Catalunha ou Manila nas Filipinas, essa decisão ainda é rara nos Estados Unidos, que, além de ser o país com mais as mortes causadas pela pandemia, tem um aumento de casos desde junho.

As autoridades da cidade de Houston, a maior do Texas e com o mesmo número de habitantes de Melbourne (4,7 milhões), pediram um novo confinamento depois que 1.600 novos casos foram detectados em 24 horas. Essa taxa é sete vezes maior do que a que levou a cidade australiana a impor novamente as restrições.

"Eu recomendaria - se eu fosse governador - que, nas próximas duas semanas, parássemos tudo para nos livrarmos do vírus", disse o prefeito de Houston, Sylvester Turner, neste fim de semana.

Mas o governador do Texas, o político republicano Gregg Abbott, inicialmente não cedeu à pressão, embora tenha imposto o uso obrigatório de máscaras faciais no espaço público e alertado sobre um reconfinamento caso a situação piore.

O Texas foi um dos primeiros estados a abrir o comércio no dia 1º de maio. No dia 22 desse mês, os bares começaram a funcionar novamente, que um mês depois teve que fechar e, a partir de 3 de julho, o uso da máscara tornou-se obrigatório.

- Ocupação hospitalar -

Na Flórida, outro estado problemático, mais de 15.000 novos casos foram registrados no domingo, batendo um recorde, em um momento em que a mortalidade também começa a aumentar.

O governador republicano Ron DeSantis reagiu fechando as bares, mas até agora se recusou a obrigar o uso de máscaras faciais ou a decretar novos confinamentos na Flórida, atribuindo as medidas aos responsáveis pelas cidades e condados.

Em Miami, o número de pacientes em terapia intensiva pela COVID-19 é sete vezes maior do que em abril, segundo o prefeito.

"Está fora de controle", disse à CNN o prefeito de Miami, Francis Suarez, acrescentando que os hospitais ainda não estão em colapso.

Sobre voltar a decretar um confinamento, ele disse que considerará no momento em que os hospitais o informassem estar em colapso.

No condado de Miami-Dade (com 2,7 milhões de habitantes), um terço dos testes obteve resultados positivos na semana passada, de acordo com o político republicano que anunciou o fechamento de academias e áreas internas de restaurantes.

- Rivalidades -

Em um país altamente descentralizado, as disputas entre diferentes autoridades são numerosas.

Na Califórnia, a ordem de usar uma máscara enfrentou oposição de vários xerifes locais que tiveram que controlar sua aplicação.

Em Atlanta, na Geórgia, outro dos estados do sul dos Estados Unidos onde os casos estão aumentando, a prefeita democrata Keisha Lance Bottoms ordenou o uso de máscara, mas o governador republicano respondeu que seu uso não era legalmente exigido.

"Está claro que nosso estado não se baseia em dados científicos", respondeu a prefeita, uma política que pode a vir a integrar a chapa do candidato dos democratas à Casa Branca, Joe Biden.

No nível federal, a estratégia do governo Donald Trump não é impor obrigações, mas incentivar os testes, o uso de máscaras e o fechamento de bares, se necessário.

"É necessário que 90% das pessoas usem máscaras em locais onde haja surtos", explicou Brett Giroir, vice-secretário do Departamento de Saúde. "Caso contrário, nunca controlaremos o vírus".


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