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Estado de Minas

América Latina se torna a segunda região em mortes por COVID-19 no mundo


postado em 13/07/2020 18:37

A América Latina e o Caribe se tornaram nesta segunda-feira (13) a segunda região do mundo com o maior número de mortos na pandemia do novo coronavírus depois da Europa, enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) avaliou que a velha normalidade não voltará "em um futuro previsível".

Com 144.847 mortes registradas até as 17h de Brasília, a região superou os Estados Unidos e o Canadá (com 144.221 mortes acumuladas até as 16h de Brasília), e se situa atrás da Europa, com 202.780 óbitos, segundo contagem da AFP com base em dados oficiais.

A pandemia castiga particularmente o Brasil, o país mais afetado da região e o segundo do mundo, com 72.100 mortes e mais de 1,8 milhão de contagiados, entre eles o presidente Jair Bolsonaro, reticente a medidas de confinamento.

O coronavírus também se espalha pelo resto da América Latina, onde alguns países voltaram atrás da reabertura, em uma tentativa de conter a aceleração dos contágios.

É o caso da Colômbia, onde 3,5 milhões de pessoas voltaram nesta segunda-feira ao confinamento, devido a uma alta de casos "alarmante", que, segundo autoridades, poderia atingir um pico nas próximas semanas. Até 23 de agosto, a capital, Bogotá, terá quarentenas de 14 dias por localidades, enquanto o balanço oficial contabiliza 150.445 infectados e 5.307 falecidos no país.

Na Bolívia, onde cinco ministros se contagiaram, além da presidente Jeanine Añez, o governo intervirá em hospitais e cemitérios particulares ante o risco de colapso dos serviços públicos sanitários e funerários, anunciou o governo nesta segunda.

Enquanto isso, o México anunciou no domingo que o vírus havia deixado 35.006 mortos no país, superando a Itália em número de óbitos (34.954).

Apesar disso, o presidente Andrés Manuel López Obrador disse nesta segunda que em 23 dos 32 estados mexicanos o número de casos se encontra estável ou em declínio. "Agora, já temos que ir saindo à rua", disse, assegurando que os trabalhadores informais precisam fazê-lo e pedindo aos cidadãos que se cuidem.

A Argentina também lamentou uma alta pronunciada de casos ao superar os 100.000, 95% deles na Região Metropolitana de Buenos Aires.

Os fechamentos se combinam com uma flexibilização seletiva no Chile, onde 18 clubes de futebol profissional em áreas em quarentena foram autorizados a retomar os treinamentos.

O Peru, orgulhoso de sua gastronomia, anunciou nesta segunda-feira que permitirá a reabertura de restaurantes em 20 de julho, com 40% de sua capacidade após quatro meses de fechamento.

- Sem ilusão próxima -

Dada a situação na América Latina e os retrocessos na Europa, onde novos confinamentos por recidivas geraram polêmicas, a OMS jogou um balde d'água fria nas expectativas de um retorno rápido à normalidade com um novo alerta, um dia depois de reportar um recorde diário de 230.000 novos contágios no mundo.

"O vírus segue sendo o inimigo público número um, apesar das ações de muitos governos e pessoas não o refletirem", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Em nível global, a COVID-19 causou quase 570.000 mortes e mais de 13 milhões de contágios, segundo contagem da AFP.

Os Estados Unidos seguem na liderança dos balanços, com mais de 135.000 falecidos e 3,3 milhões de contágios. Apesar dos novos recordes do fim de semana, o governo de Donald Trump aumenta a pressão para reabrir as escolas.

O diretor-geral da OMS voltou a exortar governos e cidadãos a evitarem a transmissão do coronavírus com as pautas sanitárias conhecidas, entre elas o uso de máscaras, ao que Trump cedeu pela primeira vez em público no sábado.

"Quero ser franco com vocês: não haverá um retorno à normalidade em um futuro previsível", advertiu Ghebreyesus.

Na Espanha, os moradores de Lérida e sete comunidades vizinhas na Catalunha (nordeste) deveriam manter um confinamento domiciliar a partir desta segunda, mas um tribunal pôs a determinação em suspenso.

Os juízes decidiram "não ratificar as medidas" do governo regional, segundo o Tribunal Superior de Justiça da Catalunha.

Em resposta, o presidente catalão, Quim Torra, disse que emitirá um decreto lei para dar cobertura jurídica aos confinamentos.

Este foco de contágio, onde vivem 200.000 pessoas, a 150 km de Barcelona, preocupa as autoridades de um dos países mais afetados da Europa pela COVID-19.

Neste contexto de recidivas, várias regiões, como a Catalunha e as ilhas Baleares, decidiram reforçar a obrigatoriedade do uso de máscaras.

A Hungria, por sua vez, proibirá a partir de terça-feira o acesso de viajantes latino-americanos, africanos e da maioria dos países asiáticos e de alguns europeus.

- Volta das restrições -

Em outras regiões do mundo, as restrições também voltaram, como na África do Sul, que reinstaurou um toque de recolher após registrar 12.000 novos casos diários nas últimas semanas. O Marrocos seguiu na mesma direção, ao fechar Tânger.

As Filipinas também confinaram 250.000 pessoas em Manila e Hong Kong impôs a partir desta segunda novas medidas para impedir novos surtos. Entre outras coisas, estão vetadas reuniões com mais de quatro pessoas e se tornou obrigatório o uso de máscaras nos transportes.

No campo econômico, o impacto dos confinamentos e a queda do petróleo continuam produzindo prognósticos sombrios: o Fundo Monetário Internacional degradou as previsões de crescimento no Oriente Médio ao seu menor nível em 50 anos.

As economias do Oriente Médio e do norte da África encolherão, em média, 5,7% este ano, com quedas de até 13% nos países em guerra.


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