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Estado de Minas covid-19

Tragédia de 12,5 milhões

Crescimento de casos nos EUA infla números mundiais do coronavírus, enquanto o cenário de alta na América Latina também vira foco de preocupação da OMS


postado em 12/07/2020 04:00

Visto como um governanteque ignora normas sanitárias em meio à pandemia, Trump finalmente apareceu de máscara ao visitar hospital de veteranos (foto: ALEX EDELMAN/AFP)
Visto como um governanteque ignora normas sanitárias em meio à pandemia, Trump finalmente apareceu de máscara ao visitar hospital de veteranos (foto: ALEX EDELMAN/AFP)
A contagem global de casos confirmados do novo coronavírus subiu para 12,53 milhões ontem, de acordo com dados agregados pela Universidade Johns Hopkins. Os Estados Unidos lideram em número de casos, com 3,19 milhões. Já o número de mortes no mundo pela COVID-19 aumentou para 561.038.

O total de óbitos nos EUA é de 134.130, segundo o levantamento da universidade, e está crescendo novamente depois de um achatamento da curva entre me- ados e fim de abril. Isso ocorre após o aumento de infecções em Estados do Sul e Oeste do país, incluindo Texas, Arizona e Carolina do Sul, entre outros, onde os hospitais começaram a ficar sobrecarregados.

O Brasil é o segundo em número de casos, atrás dos EUA, com 1,80 milhão de casos e 70.398 mortes, segundo a Johns Hopkins. De acordo com o levantamento conjunto feito pelos veículos de comunicação Estado de S. Paulo, G1, Folha de S. Paulo, UOL, O Globo e Extra, o Brasil tinha até ontem 71.492 vidas perdidas pela COVID-19 e 1.840.812 casos confirmados.

A Índia é a terceira em número de casos, tendo ultrapassado a marca de 800 mil e atingido 820.916, seguida por Rússia, com 719.449, e Peru, com 319.646, conforme a Johns Hopkins. O Reino Unido tem 44.735 mortes, o número mais alto da Europa e o terceiro maior do mundo, mas estabilizado.

Ontem, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apareceu pela primeira vez usando máscara desde o começo da pandemia. Ele tem sido um dos dirigentes mais criticados, por ter minimizado os efeitos da doença e ignorado normas sanitárias. Já a Disney reabriu dois de seus parques na Flórida, apesar da aceleração da pandemia nesse estado e em várias regiões dos Estados Unidos.

Enquanto isso, na Europa, o progressivo desconfinamento convive com recidivas isoladas. O medo do contágio e a necessidade de manter distanciamento físico levaram alguns cidadãos a optar por tirar férias diferentes. Na Alemanha, por exemplo, foram emplacados 10 mil novos 'motor homes' em maio, aumento de 32% em relação ao ano passado.

DESCONFINAMENTO Na América Latina, a preocupação da Organização Mundial da Saúde (OMS) cresce. O Peru, segundo país do continente mais afetado pela COVID-19, superou ontem os 320 mil casos e os doentes hospitalizados beiram os 12 mil, um recorde, 11 dias depois do início do desconfinamento para reativar a economia paralisada. Os mortos no país, que passam de 100 por dia, chegaram a 11.682.

O Equador, outro dos países latino-americanos mais impactados pela pandemia, superou os 5 mil óbitos. A Colômbia também passou dos 5 mil falecimentos registrados. E o Chile superou as 11 mil mortes, somando casos confirmados por exame PCR e prováveis contaminações por coronavírus.

Trump usa máscara
pela 
primeira vez

Alvo de críticas pela gestão da pandemia, o presidente Donald Trump apareceu usando uma máscara em público pela primeira vez ontem, durante visita a veteranos feridos no hospital militar Walter Reed, nos arredores de Washington.

Ele cedeu à forte pressão para dar um exemplo de saúde pública, enquanto a pandemia do novo coronavírus avança nos Estados Unidos. O presidente passou direto por jornalistas que estavam no local e não parou para explicar o que havia se tornado um momento há muito aguardado: sua possível mudança de visão sobre a prática recomendada pelos próprios especialistas médicos de seu governo, mesmo com sua resistência.

"Eu acho que é uma grande coisa usar uma máscara. Eu nunca fui contra as máscaras, mas acredito que elas têm um momento e um lugar", disse Trump ao deixar a Casa Branca.

Segundo novos informes, assessores praticamente imploraram para que o presidente cedesse e usasse uma máscara em público, e se deixasse fotografar.

Trump tem defendido de maneira convicta a gestão que sua administração vem fazendo da pandemia, ainda que os Estados Unidos sejam o país mais afetado do mundo pela COVID-19. Paralelamente, seu adversário democrata nas eleições de novembro, Joe Biden, aparece liderando as pesquisas de intenções de voto.

Reabertura de complexos da Disney na Flórida ocorre enquanto situação no estado segue crítica (foto: GREGG NEWTON/AFP)
Reabertura de complexos da Disney na Flórida ocorre enquanto situação no estado segue crítica (foto: GREGG NEWTON/AFP)

Sob críticas, Disney 
reabre três parques

A reabertura dos parques Disney World, Magic Kingdom e Animal Kingdom ocorre após quatro meses de fechamento e depois que foram registrados na Flórida 10.383 novos casos em 24 horas, perto do pico alcançado em 4 de julho (11.458), e mais 95 mortes.

Os outros dois parques temáticos da gigante do entretenimento voltarão a receber visitantes a partir de quarta-feira. As medidas de segurança incluem medição da temperatura na entrada, uso obrigatório de máscaras, dispensadores de álcool em gel e distanciamento de dois metros entre as pessoas nas atrações e nas lojas.

Mas as críticas têm se multiplicado nas redes sociais. No estado do Sudeste, governado pelo republicano Ron DeSantis e um dos mais afetados pela pandemia nos últimos dias, o desconfinamento ocorreu em maio, antes de outros estados norte-americanos, contrariando as recomendações dos especialistas.

A recidiva se repete em outras regiões, como na Geórgia, onde a prefeita de Atlanta, Keisha Bottoms, ordenou na sexta-feira a volta para a fase 1 de confinamento, após ter reaberto as atividades na cidade. Anthony Fauci, assessor da Casa Branca na crise sanitária, reiterou as advertências de que o surto se agrava diante da falta de uma estratégia coerente.

Daqui para o futuro

Missão na China

Um epidemiologista e um especialista em saúde animal da OMS se reunião nos próximos dias com autoridades chinesas e vão preparar o caminho para uma futura missão que visa a esclarecer, por exemplo, se o novo coronavírus infectou o homem a partir de um animal e se usou pelo caminho um animal intermediário. A missão tentará fechar o quebra-cabeça indispensável para saber o que ocorreu na cidade chinesa de Wuhan, onde o vírus surgiu, e como evitar nova pandemia. Enquanto isso, laboratórios de todo o mundo seguem buscando uma solução. A OMS conta um total de 21 candidatas a vacinas que estão sendo avaliadas em testes clínicos com seres humanos em diferentes países (contra 11 em meados de junho). Um terço é realizado na China. Um dos testes mais avançados é o projeto chinês do laboratório Sinovac, em associação com o instituto de pesquisas Butantan, de São Paulo.


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