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Estado de Minas

Advogado solto da prisão processa polícia chinesa por tortura


postado em 10/07/2020 10:07

Solto recentemente da prisão, o advogado chinês Wang Quanzhang apresentou uma denúncia contra dois policiais, acusando-os de tê-lo torturado durante os interrogatórios - conforme documentos judiciais consultados pela AFP.

Preso em 2015 junto com centenas de advogados e defensores dos direitos humanos, Quanzhang foi libertado em abril passado, após ser condenado por "subversão".

Em uma denúncia apresentada na segunda-feira à Procuradoria Popular Suprema, ele acusa dois policiais da cidade portuária de Tianjin (norte) de tortura, difamação e humilhação, enquanto era mantido incomunicável.

"O autor foi objeto de insultos, cuspes e bofetadas, foi impedido de ir ao banheiro, de voltar a dormir, e lhe foram submetidos inúmeros métodos para forçá-lo a confessar, e fizeram isso 15 horas por dia durante quase um mês", afirma o texto da denúncia.

Muitos dissidentes relatam terem sido alvo de maus-tratos durante os seis meses de detenção secreta. Poucos deles se arriscam, porém, a apresentar acusações contra as autoridades.

"Wang Quanzhang continua demonstrando uma coragem extraordinária, ao registrar uma denúncia contra a polícia de Tianjin", diz Wang Yaqiu, especialista em China da organização de direitos humanos Human Rights Watch.

A polícia de Tianjin não respondeu aos pedidos de contato da AFP, assim como o Tribunal Popular Intermediário, número dois na cidade, onde o advogado apresentou sua ação.

Antes de sua prisão, o advogado, agora com 44 anos, havia defendido ativistas políticos e camponeses desapropriados de suas terras.

Seu caso atraiu atenção internacional. Sua esposa foi recebida por Angela Merkel durante uma visita da chanceler alemã a Pequim em 2018.


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