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Estado de Minas

Irã e Síria vão fortalecer cooperação militar


postado em 08/07/2020 13:19

Teerã e Damasco assinaram, nesta quarta-feira (8), um acordo de cooperação militar, que inclui um reforço dos sistemas de defesa aérea da Síria, enquanto os dois países enfrentam uma crescente pressão dos Estados Unidos.

Desde o início do conflito na Síria em 2011, Israel também conduziu centenas de ataques aéreos contra as forças de Damasco e as do Irã e de grupos pró-iranianos, que combatem ao lado do regime.

O Irã é, ao lado da Rússia, um dos principais aliados do presidente sírio, Bashar al-Assad, na guerra que devasta a Síria desde 2011.

Em Damasco, foi assinado um "acordo abrangente de cooperação militar, de defesa e segurança" entre o chefe do Estado-Maior iraniano, general Mohamad Bagheri, e o ministro sírio da Defesa, Ali Ayub, informou a emissora estatal iraniana.

"Reforçaremos os sistemas de defesa antiaérea da Síria para melhorar a cooperação militar entre os dois países", disse Bagheri.

O acordo mostra "nossa vontade de enfrentar as pressões americanas", completou.

Em seu site, a emissora divulga um comunicado militar sobre o acordo "destinado a fazer frente aos perigos crescentes e ao terrorismo 'Takfiri' apoiado por potências internacionais e regionais".

O termo Takfiri, que literalmente significa "aqueles que lançam anátemas contra pessoas que não compartilham sua ideologia", designa no Irã grupos jihadistas sunitas, ou islamitas radicais sunitas.

O comunicado também destaca a "necessidade de que todas as forças armadas estrangeiras que entraram ilegalmente na Síria deixem o país".

Segundo a televisão estatal iraniana, Baghéri chegou a Damasco na noite de terça-feira, à frente de uma delegação militar de alto escalão.

Em Damasco, a agência oficial de notícias Sana informou a assinatura de um "acordo militar abrangente para consolidar a cooperação nos campos militar e de segurança entre as forças dos dois países amigos".

"As relações entre Síria e Irã são estratégicas e firmes", disse o ministro sírio.

"A cooperação bilateral nos níveis militar e de segurança é qualitativa e continua (...) apesar da crescente pressão e das ameaças cada vez mais sérias", insistiu Ayoub.

Ele prometeu que Damasco "responderia a qualquer novo desafio com determinação (...) para enfrentar este novo capítulo de guerra aberta (...) em cooperação com irmãos e amigos e aliados comprometidos em enfrentar o terrorismo em todas as suas formas".

- Embargo -

Desencadeado pela repressão de manifestações pró-democracia, o conflito na Síria se tornou mais complexo com a intervenção de vários atores estrangeiros e o envolvimento de grupos jihadistas. Matou mais de 380.000 pessoas e deslocou outras milhões.

A assinatura do acordo militar entre o Irã e a Síria ocorre em um momento de crescente pressão dos Estados Unidos sobre Teerã e Damasco.

A República Islâmica e os Estados Unidos viram suas tensões crônicas piorarem depois que o presidente americano, Donald Trump, retirou-se em 2018 do acordo nuclear internacional de 2015 e restabeleceu pesadas sanções contra Teerã.

Washington busca agora uma extensão do embargo à venda internacional de armas ao Irã, que deve ser levantado gradualmente a partir de outubro.

Na Síria, onde o regime de Assad conseguiu retomar grande parte do território graças ao apoio de Moscou e Teerã, os Estados Unidos também impuseram novas sanções, agravando a profunda crise econômica.

Vizinho da Síria, com quem ainda está tecnicamente em guerra, Israel há muito se preocupa com a crescente influência iraniana neste país.

O Estado hebraico raramente confirma a realização de ataques aéreos na Síria, mas insiste, com frequência, que não permitirá que este país se torne a ponte do Irã.


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