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Estado de Minas

Estados Unidos superam 130 mil mortes por COVID-19 com alerta de transmissão aérea

Cientistas alertaram a Organização Mundial da Saúde (OMS) que a doença pode ser transmitida pelo ar


postado em 06/07/2020 23:01 / atualizado em 06/07/2020 23:41

Atualmente, os Estados Unidos registram dezenas de milhares de novos casos por dia, com picos de até 57 mil(foto: SAUL LOEB / AFP )
Atualmente, os Estados Unidos registram dezenas de milhares de novos casos por dia, com picos de até 57 mil (foto: SAUL LOEB / AFP )
Os Estados Unidos, o país mais atingido pela pandemia de coronavírus no mundo, superaram 130 mil mortes nesta segunda-feira (6), com a Índia em terceiro lugar em número de infecções, enquanto cientistas alertaram a Organização Mundial da Saúde (OMS) que a doença pode ser transmitida por via aérea.


Apesar das tentativas em muitas partes do planeta de voltar ao normal e reativar a lenta economia global, o total de infecções excedeu a marca de 11,5 milhões, com mais de 536.000 falecimentos, desde que a COVID-19 foi reportada pela primeira vez na China no final do ano passado.


Na Europa, a famosa Mona Lisa voltou a ser admirada pelos turistas em Paris com a reabertura do Museu do Louvre, e a pandemia parece estar mais sob controle, embora na Espanha tenham sido ordenados novos fechamentos na Galícia e em uma região do interior da Catalunha devido ao surgimento de novos surtos.


No Brasil, o segundo país do mundo mais impactado pelo vírus, bares e restaurantes em São Paulo voltaram a receber clientes, em uma nova fase de reabertura após mais de cem dias de quarentena parcial.


Segundo dados atualizados nesta segunda-feira, o país totalizava 65.487 óbitos (620 falecimentos em 24 horas) e 1.623.284 casos confirmados (20.229 registados desde o domingo).


O fim do confinamento também avança no Peru, que no fim de semana ultrapassou a marca dos 300.000 casos.


No México, onde há mais de 256.000 contágios reportados, o presidente Andrés Manuel López Obrador anunciou que fará o teste do vírus antes de viajar a Washington na terça-feira, quando encontrará Donald Trump em sua primeira viagem ao exterior em 18 meses no cargo.


Alguns funcionários e governadores testaram positivo depois de entrar em contato com o chefe de Estado mexicano.


Especialistas criticam o governo mexicano pela ausência de testes maciços de triagem e questionam o fato do presidente não usar máscara nos atos públicos.


- "Literalmente em casa" -


O mesmo debate se dá nos Estados Unidos, que lutam para aceitar o distanciamento social e o uso de máscaras para conter a propagação da doença, enquanto alguns hospitais do país alertam que podem ficar sobrecarregados com o aumento de infecções.


As celebrações do feriado nacional de 4 de julho, durante o qual Trump se absteve de aparecer usando máscara, alegando "99%" dos casos da doença não são graves, foram ofuscadas pela crescente evidência do flagelo do pandemia no sul e no oeste do país.


"A COVID-19 literalmente chegou em casa. Não tive sintomas e o teste foi positivo", escreveu mesta segunda-feira no Twitter a prefeita de Atlanta, Keisha Lance Bottoms.


Atualmente, os Estados Unidos registram dezenas de milhares de novos casos por dia, com picos de até 57.000.


Na República Dominicana, as eleições presidenciais realizadas no domingo marcaram a vitória do opositor Luis Abinader, mas também supuseram uma explosão de infecções.


- Explosão na Índia -


A Índia, que é o segundo país mais populoso do mundo, depois da China, com mais de 1,3 bilhão de habitantes, tornou-se o terceiro em número de casos do coronavírus.


As autoridades têm ampliado gradualmente as restrições em uma tentativa de impulsionar a economia, mas o número de casos tem aumentado constantemente, com 24.000 registrados em 24 horas, elevando o total para quase 700.000, com Nova Deli e Bombaim sendo as cidades mais afetadas.


Hotéis, salões de festas e até vagões foram adaptados para atender os doentes, mesmo com camas de papelão.


E na Austrália, onde o surto de vírus havia sido amplamente controlado, novos casos em Melbourne obrigaram as autoridades a isolar o estado de Victoria do resto do país.


- Revisar pautas sanitárias -


Entre reaberturas e surtos, cientistas internacionais alertaram as autoridades, incluindo a OMS, para rever as diretrizes atuais, observando que o vírus pode se espalhar pelo ar muito além dos dois metros estabelecidos para o distanciamento social.


"Existe um potencial significativo de exposição por inalação ao vírus em gotículas respiratórias microscópicas a distâncias curtas a médias", escreveram 239 cientistas da revista acadêmica Clinical Infectious Diseases da Universidade de Oxford.


Instalar filtros de ar de alta qualidade e evitar a superlotação em edifícios e sistemas de transporte são algumas de suas recomendações.


"A lavagem das mãos e o distanciamento social são apropriados, mas, em nossa opinião, são insuficientes para fornecer proteção contra gotículas carregadas de vírus que são liberadas no ambiente por pessoas infectadas", escreveram.


Além dos danos humanos irreparáveis, a pandemia está causando uma hecatombe econômica, por exemplo, com um forte impacto no mercado de trabalho na América Latina.


Os dados de desemprego no segundo trimestre falam por si: no Brasil, 7,8 milhões de empregos foram perdidos e 12,7 milhões de pessoas estão desempregadas; o Chile tem a maior taxa de desemprego em 10 anos; a Colômbia tem as maiores taxas mensais de desemprego urbano desde 2001.


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