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Estado de Minas

Mulher branca que denunciou falsamente homem negro em NY responderá a processo


postado em 06/07/2020 18:43

Uma mulher branca que tinha falsamente denunciado, em maio deste ano, que um homem negro a teria atacado no Central Park, será processada pelo Ministério Público de Manhattan, anunciou a Justiça nova-iorquina nesta segunda-feira (6).

"Hoje nosso escritório iniciou a acusação a Amy Cooper por relatar falsamente um incidente de terceiro grau", disse o procurador do distrito de Manhattan, Cuyrus Vance, em comunicado.

Se for considerada culpada, Cooper pode pegar até um ano de prisão. Ela deverá comparecer perante um juiz pela primeira vez em 14 de outubro.

Um vídeo do incidente, ocorrido em 25 de maio, se tornou viral e provocou indignação pelo grande número de pessoas negras falsamente acusadas pela polícia.

Esse caso aconteceu mesmo dia em que George Floyd, um homem negro, foi morto por um policial branco ao ser preso em Minneapolis, algo que provocou uma onda de protestos intensos em todo o país.

Em 25 de maio, Cooper passeava com o cachorro, que estava sem coleira, pela The Ramble, uma área arborizada do Central Park, popular entre observadores de pássaros e onde os cães devem ser mantidos na coleira, quando Christian Cooper (não relacionado à mulher em questão, embora tenha o mesmo sobrenome), pediu-lhe para que ela colocasse a coleira no animal.

A mulher se recusou a fazê-lo, e então Christian Cooper ofereceu ao cachorro alguns biscoitos, que se aproximou dele. A mulher então começou a gritar e ameaçá-lo, e ele então começou a filmá-la. O vídeo postado no Twitter se tornou viral, e foi visto mais de 45 milhões de vezes.

"Vou dizer a eles que há um homem afro-americano ameaçando a minha vida", diz a mulher a Christian Cooper, enquanto liga para o 911.

"Há um homem afro-americano aqui, eu estou no Central Park. Ele está me filmando, me ameaçando e ameaçando meu cachorro", relatou a mulher ao telefonista. Posteriormente, ela foi demitida do seu emprego na empresa de investimentos Franklin Templeton.

Amy Cooper foi classificada como "Karen" nas mídias sociais, um termo popular para descrever mulheres brancas de classe média alta com reivindicações de superioridade, classe e/ou arrogância.

Ela foi acusada de colocar em risco a vida de Christian Cooper, tentando manipular o sistema a seu favor, sabendo que a polícia às vezes usa da brutalidade contra negros.


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