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Estado de Minas

Grande complexo hospitalar de Houston sobrecarregado por COVID-19


postado em 04/07/2020 13:43

Apesar de concentrar o maior número de hospitais e centros de pesquisa do mundo, Houston corre sérios perigos com o avanço do coronavírus no Texas.

Desde o fim de semana prolongado no final de maio pelo "Memorial Day" e os protestos contra o racismo em junho, os contágios seguiram "uma trajetória inacreditável", como se houvesse uma inundação, disse Faisal Masud, diretor de terapia intensiva no Houston Methodist Hospital.

"Isso tem sido implacável para nós", disse à AFP. "Não descansamos", acrescenta Masud, que está na linha de frente da batalha contra a COVID-19.

"Estamos sob pressão física e emocional... porque não precisamos nos preocupar apenas conosco, mas também com nossas famílias", disse ele.

- 128 leitos disponíveis -

O Texas Medical Center é um vasto complexo, fundado em 1945, em um área de quase 13 quilômetros quadrados.

Ele cresceu rapidamente em torno de um núcleo formado pelo MD Anderson Cancer Center, o maior do país.

Os hospitais começaram a transformar alguns leitos convencionais em unidades de terapia intensiva na quarta-feira, após o número ficar insuficiente para este fim.

A região metropolitana de Houston, com 6,5 milhões de habitantes, tinha apenas 128 leitos de terapia intensiva disponíveis, disseram autoridades de saúde pública na sexta-feira.

"Não podemos expandir e continuar expandindo", disse Masud. "Pessoas que não têm COVID-19 não podem ser atendidas a tempo", alerta.

"Os pacientes não recebem ambulâncias a tempo ... tudo isso leva a danos e mortes", adverte.

- Condições miseráveis -

Em outro hospital local, o United Memorial Medical Center, a unidade de coronavírus está prestes a entrar em colapso.

As condições para os profissionais de saúde são miseráveis.

Eles enfrentam a séria ameaça desta doença com uma máscara dupla, luvas e três camadas de aventais de proteção.

Muitos dormem apenas algumas horas e fazem intervalos em uma pequena sala de espera lotada.

- Reabertura prematura -

O Texas foi um dos primeiros estados a retomar as atividades.

Desde 1º de maio, restaurantes e lojas em Houston, a quarta maior cidade dos Estados Unidos, foram autorizados a reabrir com capacidade reduzida, seguidos por bares e salões de beleza, como no restante do estado.

Mas nas últimas semanas, a cidade se tornou o foco do vírus.

Atualmente, pelo menos 2.250 pacientes com COVID-19 estão hospitalizados na região de Houston, segundo autoridades de saúde pública.

O governador Greg Abbott, republicano, tornou obrigatório o uso de máscaras na maior parte do estado apenas na quinta-feira, seis dias depois que ele ordenou que os bares fechassem novamente.

Restaurantes, shoppings, salões de beleza e pistas de boliche ainda estão abertos.

Lina Hidalgo, uma autoridade do condado de Harris, que faz parte de Houston, disse à imprensa local na quinta-feira que quer proibir a saída de casa.

"Receio que esperar mais só leve à perda de mais vidas, mais danos à economia e aumento da crise", afirma.

Existe uma preocupação crescente entre as autoridades de saúde sobre uma nova onda de infecção após este fim de semana de 4 de julho, tradicionalmente marcado por fogos de artifício, reuniões familiares e churrascos nos jardins das casas.

"Queremos que essa trajetória se estabilize ou comece a cair", disse Masud.

"Não quero que as pessoas sejam socialmente isoladas, mas que mantenham distância social".


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