O governo de Nicolás Maduro pediu nesta quinta-feira (2) uma investigação para determinar "responsabilidades" pelo "roubo" de ouro venezuelano no Banco da Inglaterra, informou a vice-presidente Delcy Rodríguez à imprensa.
O pedido foi feito depois que um juiz britânico decidiu em favor do opositor Juan Guaidó - reconhecido pelo Reino Unido e outros cinquenta países como presidente interino da Venezuela - no litígio por um bilhão de dólares em ouro do país do Caribe bloqueado no Banco de Inglaterra (BoE).
A decisão impede que a administração de Maduro acesse esses ativos.
Um comunicado do governo socialista classificou a decisão como "absurda e incomum" e descreveu Guaidó como "líder de uma organização criminosa internacional para apreender ilegalmente os recursos" da Venezuela.
Guaidó celebrou a decisão. "Protegemos as reservas de ouro das garras da ditadura. Recebemos o reconhecimento dos tribunais da Inglaterra. Nossas reservas permanecerão como tal", escreveu no Twitter.
O Banco Central da Venezuela (BCV), controlado por Maduro, anunciou que irá recorrer.
O governo Maduro passou um ano e meio tentando, sem sucesso, recuperar mais de 30 toneladas de ouro, avaliadas em cerca de um bilhão de dólares, que pertencem à Venezuela e estão guardadas nos cofres do BoE.