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Estado de Minas

Fórmula 1 da era do coronavírus esquenta os motores na Áustria


postado em 02/07/2020 20:55

Equipes reduzidas e isoladas umas das outras, máscaras indispensáveis, coletivas de imprensa virtuais... a Fórmula 1 se reúne desde esta sexta-feira na Áustria, no seu primeiro Grande Prêmio de 2020 e na era do coronavírus, com resultado esportivo e de desenvolvimento ainda incerto.

Entre as primeiras grandes competições internacionais a serem retomadas, a categoria principal do automobilismo será testada.

A F1 tentou não deixar nada ao acaso editando um código de conduta ao qual todos os que têm acesso ao Red Bull Ring, nas montanhas da Estíria, na região central do país, terão que aderir neste fim de semana e no próximo, em um segundo Grande Prêmio.

Neste protocolo de saúde, os participantes serão monitorados a cada cinco dias e os contatos desnecessários serão limitados ao máximo, para evitar um cancelamento devido à contaminação, como aconteceu em março na Austrália, ou uma série de casos positivos como no Adria Tour do tenista Novak Djokovic em junho.

Os espectadores descobrirão a partir de sexta-feira um paddock fantasma e arquibancadas vazias até domingo, quando a prova será realizada com os portões fechados.

"Teremos que tentar dar um espetáculo" na pista, disse o holandês Max Verstappen, cuja equipe da Red Bull 'joga em casa'.

- "Cenário sem precedentes" -

"A primeira corrida da temporada costuma ser caótica e é aí que surgem as oportunidades", lembra Frédéric Vasseur, chefe de equipe da Alfa Romeo.

Não há nada garantido para as escuderias. A Mercedes dominou os testes de inverno em fevereiro, à frente da Red Bull, e depois da Ferrari e das demais.

Mas no sábado, nos treinos classificatórios, o status de cada um será conhecido.

Algumas equipes, como Mercedes, Red Bull e Renault, lançarão seus carros evoluídos, enquanto que a Ferrari aguardará o terceiro GP, na Hungria, dentro de duas semanas.

O formato inédito desta temporada também traz muitas prováveis surpresas.

As dez primeiras corridas canceladas ou adiadas, assim como Cingapura e Japão depois, tornarão o campeonato mais curto do que as 22 provas originalmente programadas. Oito foram oficializadas na Europa até setembro e a F1 espera organizar entre 15 e 18 no total até meados de dezembro.

"Nem sabemos quantas corridas vamos disputar, é um cenário sem precedentes, então cada ponto será crucial", resume o espanhol Carlos Sainz Junior, que deixará a McLaren para a Ferrari em 2021.

Com menos chances de corrigir erros, serão necessários carros confiáveis e motoristas prudentes, mas também audácia para não perder as chances.

- "Mais pressão" -

Um desafio se apresenta dessa maneira no Red Bull Ring, em circuito pequeno (4.318 km) e com curvas que são uma armadilha e exigem "ser muito preciso", diz o mexicano Sergio Pérez (Racing Point), para quem "há mais pressão do que o habitual em uma volta".

Tecnicamente, também é necessário levar em consideração a perda de suportes aerodinâmicos e os problemas de resfriamento causados pela altitude (677 metros).

Muitas vezes dominando outros circuitos, as 'Flechas de Prata' não se destacaram nos últimos anos no circuito austríaco (dois abandonos em 2018, terceiro e quinto lugares em 2019), enquanto Red Bull e Verstappen alcançaram duas vitórias consecutivas.

Se conseguirem uma terceira vitória e uma quarta uma semana depois, isso pode mudar a aparência de uma disciplina totalmente dominada pela Mercedes desde 2014.

Desta vez, a cor dos carros alemães será preta, em apoio ao movimento anti-racismo "Black Lives Matter", com um desses dois carros pilotados pelo britânico Lewis Hamilton, que poderá igualar o lendário piloto alemão Michael Schumacher se conquistar o sétimo título mundial no final da temporada.

A F1 decorou o paddock com carros nas cores do arco-íris e o lema "We race as one" ("Corremos unidos") para saudar as lutas contra a COVID-19 e contra a discriminação.

"Ganhar o título este ano faria ainda mais sentido" do que qualquer outro, analisou Hamilton no contexto de uma pandemia e uma luta contra o racismo.

"É um ano tão monumental, com essa pandemia que ainda está muito presente e contra a qual estamos lutando, e em um nível mais pessoal devido ao movimento Black Lives Matter", disse o atual campeão.

Os pilotos estão debatendo se devem apoiar os joelhos no chão ou fazer outro gesto contra o racismo pouco antes do início da corrida.


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