A Airbus poderia salvar cerca de 3.500 empregos se a Alemanha e a França ajudarem, declarou nesta quinta-feira o CEO do grupo europeu de aviação, Guillaume Faury.
Na Alemanha, "pensamos que até 500 empregos poderiam ser salvos se o governo alemão nos apoiar, por exemplo, através do programa de desenvolvimento de aeronaves movidas a hidrogênio", disse Faury ao semanário alemão Der Spiegel.
"A extensão do emprego de meio período para 24 meses pode garantir até 1.500 empregos adicionais", acrescentou.
O número de empregos suprimidos na Alemanha, o país europeu mais afetado pelos 15.000 cortes planejados pela empresa em todo o mundo, cairia de 5.100 para 3.100, segundo o chefe da Airbus.
Na França, os cortes de empregos chegariam a 3.500 e não a 5.000, acrescentou.
"Nenhuma decisão final foi tomada", diz o presidente executivo da Airbus. "Com o nosso anúncio, um processo começa", acrescentou.
O "plano de adaptação à COVID-19" anunciado na terça-feira pelo grupo, que tem um total de 135.000 funcionários, prevê a abolição de 15.000 empregos em todo o mundo até 2021.