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Estado de Minas

Pressão aumenta contra o projeto de anexação israelense na Cisjordânia


postado em 01/07/2020 11:37

De manifestantes palestinos até o primeiro-ministro britânico, os pedidos se intensificaram nesta quarta-feira (1) para que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu abandone o projeto de anexação da Cisjordânia, que deslocaria as "fronteiras" de Israel, sob o risco de provocar um novo conflito.

Israel anexou Jerusalém Oriental em 1967 e as Colinas de Golã em 1981 e agora poderia escrever uma nova página de sua história decretando que uma parte da Cisjordânia ocupada passa a ser "israelense".

Pelo acordo entre Netanyahu e seu ex-rival eleitoral Benny Gantz, o governo de união se pronuncia a partir desta quarta-feira sobre a aplicação do plano do presidente americano Donald Trump para o Oriente Médio, que prevê a anexação de colônias e do Vale do Jordão na Cisjordânia.

No primeiro dia do calendário, vários ministros afirmaram que não acontecerá nenhum anúncio.

Resta saber se Netanyahu optará por anexar o Vale do Jordão, uma vasta planície, e uma centena de colônias judaicas na Cisjordânia ou se vai escolher uma abordagem minimalista, acrescentando a seu território alguns assentamentos.

O primeiro-ministro dispõe de alguns meses: se na eleição presidencial de novembro nos Estados Unidos, principal aliado de Israel, o democrata Joe Biden, contrário à anexação, sair vitorioso, Netanyahu poderia perder o apoio americano a um projeto criticado pela União Europeia, ONU e vários países árabes.

Netanyahu, que se reuniu na terça-feira em Jerusalém com Avi Berkowitz, assessor especial de Trump, e David Friedman, embaixador americano em Israel, disse que estava trabalhando nos últimos dias no tema e que continuaria "nos próximos dias".

O chefe da diplomacia israelense, Gabi Ashkenazi, afirmou nesta quarta-feira que parece "improvável que aconteça hoje", em uma entrevista à rádio militar.

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson foi destaque na primeira página do jornal Yediot Aharonot, o mais lido do país, ao pedir que Netanyahu anule o projeto.

"Sou um apaixonado defensor de Israel, mas espero profundamente que a anexação não siga adiante", escreveu em um artigo.

No território de Gaza, controlado pelo grupo islamitas Hamas, mais de 2.000 palestinos protestaram contra o plano.

Qualquer anexação, sem negociações prévias de paz, seria uma "declaração de guerra", afirmou recentemente o Hamas, que, depois de protagonizar três guerras com Israel (2008, 2012, 2014), tenta expressar sua oposição ao projeto sem buscar um novo confronto, de acordo com vários analistas.

Nesta quarta-feira, o Hamas lançou 20 foguetes de teste a partir de Gaza em direção ao mar Mediterrâneo, como forma de advertência, afirmaram à AFP fontes do movimento.

Também estavam previstas manifestações em Ramallah e Jericó, na Cisjordânia.

Na terça-feira, colonos israelenses protestaram contra o plano de Trump porque também prevê a criação de um Estado palestino em um território reduzido.


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