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Estado de Minas

Procurador mexicano descarta 'verdade histórica' sobre caso Ayotzinapa


postado em 30/06/2020 19:02

O procurador-geral do México, Alejandro Gertz, descartou nesta terça-feira (30) a chamada "verdade histórica" defendida por seus antecessores para apoiar a hipótese de que o desaparecimento de 43 estudantes de Ayotzinapa era de responsabilidade exclusiva dos traficantes de drogas.

"A verdade histórica acabou", disse Gertz em uma mensagem à imprensa ao fornecer um breve relatório sobre as investigações que a Procuradoria-Geral realizou desde que assumiu o cargo em janeiro de 2019.

A chamada "verdade histórica" foi apresentada em janeiro de 2015 pelo então procurador-geral Jesús Murillo, que iniciou as investigações após o desaparecimento dos 43 alunos da escola de formação de professores Ayotzinapa (sul), na noite de 26 de setembro de 2014.

Naquela noite, dezenas de estudantes de Ayotzinapa foram à localidade de Iguala, no violento estado de Guerrero, para pegar os ônibus que queriam usar em seus protestos.

Mas eles foram capturados por policiais que trabalhavam para o cartel de drogas Guerreros Unidos e, desde então, o paradeiro de 43 deles é desconhecido.

Segundo a "verdade histórica", os jovens teriam sido mortos pelos traficantes de drogas, que incineraram os corpos e jogaram as cinzas em um rio.

Essa hipótese foi rejeitada por um grupo de especialistas da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) que colaboraram nas investigações entre março de 2015 e abril de 2016.

Como parte das novas investigações, Gerz disse que localizou restos humanos na área onde os meninos foram mortos e foram enviados para a Universidade de Innsbruck, na Áustria, e os resultados são esperados nos próximos dias.

Esta instituição já havia realizado estudos com outros restos humanos e foi possível identificar um dos estudantes. Gertz confirmou que Tomás Zerón, um dos principais investigadores, é apontado por várias irregularidades e procurado pela Interpol após ter deixado o México.


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