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Estado de Minas

Merkel e Macron pedem acordo para reativar UE em julho


postado em 29/06/2020 18:43

Angela Merkel e Emmanuel Macron pediram nesta segunda-feira aos países europeus que alcancem em julho, durante reunião de cúpula, um acordo para reativar a União Europeia (UE), enfraquecida pela pandemia do novo coronavírus.

"Enfrentamos desafios econômicos que não vivíamos há décadas e, certamente, não vivemos em toda a História", afirmou a chanceler alemã, que recebeu o presidente francês no palácio de Meseberg, perto de Berlim, às vésperas de a Alemanha assumir a presidência rotativa da UE, que se anuncia decisiva. "Esperamos encontrar uma solução, mesmo o caminho ainda sendo longo", declarou em entrevista coletiva.

O conselho europeu de 17 e 18 de julho será a primeira reunião de cúpula física desde a imposição das medidas de confinamento, em março, para combater a pandemia do novo coronavírus, que mergulhou a economia do Velho Continente em uma recessão histórica.

- Giro -

A reunião de cúpula irá discutir a aprovação do plano de reativação de 750 bilhões de euros proposto pela Comissão Europeia. Frequentemente acusada de falta de coragem política, Merkel quebrou um tabu alemão sobre solidariedade financeira ao propor com Macron um pacote de estímulo europeu de 500 bilhões de euros.

"A chanceler alemã poderia usar essa presidência para dar forma a um legado", indicou um diplomata europeu. "Seria como o canto do cisne de Merkel", no poder há 15 anos, que deve deixar a chancelaria alemã no fim de 2021.

O plano de reativação da UE, bem como a iniciativa franco-alemã, choca-se com a oposição de Holanda, Áustria, Dinamarca e Suécia. "Embora haja Estados céticos, todos concordam que temos que sair mais fortes desta crise", disse Merkel.

O presidente francês, por sua vez, lançou uma advertência a esses quatro países, dizendo que não lhes é conveniente bloquear a reativação europeia. "São países que se beneficiam do funcionamento do mercado único, participar de um espaço comum lhes beneficia muito mais do que a outros."

"Estamos na hora da verdade para a Europa", resumiu Macron, a dois dias de a Alemanha assumir a presidência rotativa da UE pela primeira vez desde 2007.

A partir de 1º de julho, Merkel terá pela frente vários problemas, desde o "Green Deal" da Comissão Europeia até o Brexit, passando pela migração e as relações com China e Estados Unidos. O sucesso de sua presidência e o futuro da UE estarão em jogo nas próximas semanas, afirmam Berlim e Paris.

Em entrevista concedida no último sábado, Merkel advertiu que, se o pacote de estímulo não for aprovado, "todos os problemas se agravarão", o que alimentaria o populismo.

- Um 'No deal' devastador -

A UE tem outra pedra no caminho: a paralisação das negociações pós-Brexit. O Reino Unido deixou a UE em 31 de janeiro e negocia com Bruxelas para tentar criar uma relação comercial mais vantajosa com o bloco após o período de transição, que se encerra no fim do ano.

As negociações não permitiram progressos reais, apesar de o prazo se aproximar, e com o risco de um "no deal" que seria devastador para a economia.

Merkel tampouco esconde que deseja que a Europa assuma "mais responsabilidades" em escala global frente aos "blocos" chinês e americano.


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