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Estado de Minas

Pesquisa aponta aprovação da reforma da Constituição na Rússia


postado em 29/06/2020 10:13

Um total de 76% dos russos votaram a favor da reforma da Constituição que reforçará o poder do presidente Vladimir Putin, de acordo com uma pesquisa publicada nesta segunda-feira (29), quando ainda faltam três dias para o fim do referendo.

A votação começou em 25 de junho e prossegue até 1 de julho, com o objetivo de dispersar o fluxo de eleitores, no âmbito da luta contra a pandemia de coronavírus.

Mas nesta segunda-feira o instituto Vtsiom anunciou uma pesquisa que aponta a vitória do 'Sim' com 76% dos votos, contra 23,6% de votos para o 'Não' e 0,4% de brancos ou nulos.

A pesquisa foi organizada entre 25 e 28 de junho - ou seja durante quatro dos sete dias de votação - em 25 regiões e entrevistou mais de 163.000 pessoas.

Pouco mais de 70% das pessoas consultadas aceitaram responder a pesquisa.

O instituto Vtsiom justificou a decisão de publicar os resultados antes do fim da votação pela "forte demanda" deste tipo de informação e negou que os dados terão um efeito no resultado.

"Não está proibido pela lei publicar pesquisas", afirmou o diretor do instituto Vtsiom, Valéri Fiodorov, à AFP. "E se não está proibido pela lei, de que pressão (sobre o processo eleitoral) se trata?", questionou.

A presidente da Comissão Eleitoral Central, Ella Pamfilova, lamentou a publicação.

"Infelizmente, a lei não regulamenta e não temos nenhuma maneira de proibir"", declarou à rádio Business FM.

A reforma da Constituição já foi aprovada no Parlamento, mas Putin quis organizar uma votação popular, algo que, no entanto, não tem força legal.

A oposição russa considera o referendo uma farsa eleitoral para que Putin permaneça no poder pelo resto da vida.

A reforma constitucional sobre a qual os russos devem se pronunciar permitirá a Vladimir Putin continuar no poder até 2036, mas a oposição, com exceção de tímidos pedidos de boicote ou críticas, não conseguiu lutar contra o projeto.

Os opositores russos repetem a denúncia de farsa e destacam, por exemplo, que cópias da Carta Magna já modificada estão à venda nas livrarias.

Dos liberais aos comunistas, as críticas ao projeto são numerosas, mas a oposição não conseguiu formar uma frente comum para combater a reforma.

O principal opositor do Kremlin, Alexei Navalny, que no ano passado organizou grandes manifestações em Moscou a favor de eleições livres, também mostrou pouco interesse.

Analistas afirmam que as profundas divisões na oposição e os truques do Kremlin impediram um combate sério ante os ambiciosos planos de Vladimir Putin.


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