Jornal Estado de Minas

Projetos

NASA cria concurso para melhorar os banheiros lunares


Os astronautas podem urinar e defecar ao flutuar no espaço, mas a Nasa, que está procurando por projetos menores, mais eficientes e adaptados à baixa gravidade na Lua para suas futuras missões lá, lançou um concurso de projetos nesta quinta-feira (25).





"Esse desafio espera gerar abordagens radicalmente novas e diferentes para o problema de coleta e armazenamento de dejetos humanos", divulgou a agência espacial americana.


Os astronautas da Apollo usavam uma bolsa (pelo menos cinco permanecem na Lua, de acordo com registros oficiais), e os banheiros da Estação Espacial Internacional agora funcionam com canos e sistemas de sucção não-gravitacionais.


A Nasa concederá três prêmios (de 20.000, 10.000 e 5.000 dólares) aos inventores mais criativos de um sistema a ser instalado no módulo lunar que levará dois astronautas de volta à Lua em 2024, de acordo com o calendário oficial.


Três empresas competem para construir o módulo lunar.


As especificações estabelecidas indicam que os banheiros devem ser usados por homens e mulheres, operar na Lua (onde a gravidade é 1/6 da Terra) e em microgravidade no espaço, e também terão que ocupar menos de 0,12 metros cúbicos, e não fazer mais barulho do que um exaustor de banheiro (60 decibéis).





Mais importante, eles devem permitir defecação e micção simultâneas e ter a capacidade de receber um litro de urina e 500 gramas de fezes (incluindo diarreia) por evento, bem como 114 gramas por dia de menstruação.


Eles devem poder ser limpos em cinco minutos e impedir a passagem de odores e gotas para o interior estreito do veículo.


Os resíduos devem poder ser armazenados ou evacuados ao ar livre.


Para a Apollo, a urina foi liberada no espaço, onde "imediatamente se transformou em uma chuva de cristais brilhantes", segundo o autor Craig Nelson.


Outro detalhe para os interessados (com prazo final de 17 de agosto): "Bônus serão concedidos a projetos que permitam a coleta de vômitos sem forçar o membro da tripulação a enfiar a cabeça nos banheiros".