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Estado de Minas

Weintraub diz ter sido ajudado por "dezenas de pessoas" para ir aos EUA


postado em 22/06/2020 19:37

O ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, que é investigado pela Justiça brasileira, agradeceu nesta segunda-feira (22) às "dezenas de pessoas" que lhe ajudaram a ir "em segurança" para os Estados Unidos, antes que sua exoneração fosse formalizada.

"Agradeço a todos que me ajudaram a chegar em segurança aos EUA, seja aos que agiram diretamente (foram dezenas de pessoas) ou aos que oram por mim", escreveu o ex-ministro no Twitter.

Segundo a imprensa nacional, ele estaria em Miami.

"Aproveito para dizer que estou bem. Quanto à culinária internacional, ontem fiquei tentado a comer uns tacos, acabou sendo KFC", acrescentou.

Weintraub anunciou que estava deixando o governo na última quinta-feira, em vídeo junto ao presidente Jair Bolsonaro. Sua saída, no entanto, foi formalizada somente no sábado.

Na última sexta à noite, quando tecnicamente ainda era ministro, ele viajou para os EUA, que proíbe a entrada de brasileiros no país desde 29 de maio por causa da pandemia. A medida tem exceção no caso da ida de representantes do governo.

A AFP questionou a sua assessora como ele entrou nos Estados Unidos com passaporte diplomático, ainda na condição de funcionário do governo, mas não obteve resposta.

Sua chegada aos Estados Unidos foi anunciada ainda no sábado por seu irmão Arthur, Assessor Especial de Bolsonaro, no Twitter.

Weintraub é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a divulgação de notícias falsas, ofensas e ameaças a seus juízes.

Em uma reunião ministerial em abril, ele apoiou as críticas de Bolsonaro às medidas de confinamento decididas pelos governadores, afirmando: "Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF", que apoia a autonomia dos estados e municípios nas questões da saúde.

Em 13 de junho, Weintraub participou de uma manifestação de bolsonaristas contra o STF.

O ex-ministro, cuja gestão foi marcada por um estilo agressivo e fortes críticas de estudantes, professores e especialistas na área educacional, foi afetado por outros escândalos, incluindo um tweet considerado de cunho racista sobre a China, que é o principal parceiro comercial do Brasil.

Economista por formação, Weintraub foi designado por Bolsonaro para assumir um cargo de diretor no Banco Mundial, com sede em Washington.

Em uma carta à administração da instituição financeira, cerca de 300 pessoas, incluindo membros de organizações da sociedade civil, empresários, intelectuais e artistas como o músico e escritor Chico Buarque, pediram que sua nomeação fosse rejeitada.


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