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Estado de Minas

França repatria 10 filhos de jihadistas franceses da Síria


postado em 22/06/2020 11:25

A França repatriou dez filhos de jihadistas franceses que estavam presos em um campo de deslocados sob controle curdo na Síria - anunciou o Ministério francês das Relações Exteriores nesta segunda-feira (22).

O Ministério afirmou que a França repatriou esses menores "órfãos, ou casos humanitários, que estavam em acampamentos no nordeste da Síria".

Em um comunicado, o Ministério relatou que "foram entregues às autoridades judiciais francesas e estão sujeitos a acompanhamento médico particular e são atendidos pelos serviços sociais".

Uma delegação francesa foi buscá-los em Qamishli, disse no Twitter Abdel Karim Omar, chefe das Relações Exteriores no governo autônomo curdo, em território sírio.

A mais nova dessas crianças tem dois anos e, entre elas, três não são órfãs, mas suas mães "concordaram em mandá-las para a França, devido às condições no acampamento", disse uma fonte curda à AFP.

"Duas mães concordaram em se separar de seus filhos e, em um desses casos, uma criança teve que se separar de seus irmãos", afirmou uma nota do coletivo Famílias Unidas, que reúne os familiares.

"Toda criança que vem é uma vida salva", acrescenta o coletivo. Mas "não é a esse preço que devemos considerar o repatriamento dessas crianças, já feridas por sua história, pelas batalhas, pela guerra e pela vida nos acampamentos. Abandonar suas mães nos campos apenas ajuda a acentuar seus traumas".

Desde a queda do grupo Estado Islâmico (EI) em março de 2019, a França repatriou 28 crianças da Síria.

Havia levado cinco em março de 2019, 12, em junho de 2019, e uma menina com malformação cardíaca em abril.

Cerca de 300 filhos de jihadistas franceses estão nos campos de Al-Hol e Roj, no nordeste da Síria sob controle curdo, diz o coletivo Famílias Unidas.

Famílias Unidas pede ao governo francês que devolva as crianças e suas mães ao país.

A França não quer repatriar os 150 adultos, homens e mulheres, que lutaram nas fileiras do EI e prefere que sejam julgados em território sírio.

As autoridades curdas do nordeste da Síria afirmam ter em seu poder 4.000 mulheres e 8.000 crianças estrangeiras em três campos de deslocados.


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