Os preços do petróleo fecharam em alta nesta sexta-feira (19), sustentados pelo compromisso dos membros da Opep em cumprir com seus cortes de produção e em um clima otimista sobre sua demanda.
O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em agosto fechou, assim, em 42,19 dólares em Londres, alta de 1,6% com relação ao fechamento de quinta.
Enquanto isso, em Nova York, o barril de WTI para entrega em julho subiu 2,3% a 39,75 dólares, seu nível mais elevado desde o começo de março.
Tanto o Brent quanto o WTI tiveram sua sétima alta semanal consecutiva.
"A demanda continua dando sinais de melhora, graças a que os membros da Opep (ndr: e seus aliados) se comprometeram a respeitar suas promessas em termos de redução da oferta", resumiu Fiona Cincotta, analista da City Index.
Os 13 membros do cartel petroleiro e seus aliados, entre eles a Rússia, tiveram uma reunião virtual na quinta-feira para avaliar o acordo de corte da produção, no qual retiraram 9,6 milhões de barris diários (mbd) em maio e junho e farão o mesmo em julho.
Em comunicado de imprensa, a Opep+ (Opep e seus aliados) destacou que as cotas foram respeitadas em 87% em maio.
Nos Estados Unidos, enquanto isso, a produção diminuiu pela 11ª semana consecutiva, a 10,5 mbd, um mínimo desde março de 2018, segundo um informe semanal difundido na quarta-feira pela Agência americana de Informação sobre Energia (EIA).
Por outro lado, a "solidez" das cotações de petróleo, "ao contrário de outros ativos, sugere que os preços são sustentados por compradores físicos e não por compradores especulativos", informou Jeffrey Halley, da Oanda.
Segundo este analista, isto "implica em que a demanda física (de petróleo) no mundo se recupera".