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Estado de Minas

Trump anuncia forte redução da presença militar dos EUA na Alemanha


postado em 15/06/2020 22:07

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta segunda-feira que quer reduzir significativamente o número de soldados americanos estacionados na Alemanha, aparentemente usando a segurança europeia como alavanca das negociações comerciais com Berlim.

O presidente garantiu aos jornalistas que cerca de 52.000 soldados do país estão estacionados na Alemanha, principal posto das forças americanas no sistema de defesa coletiva da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

"É um custo enorme para os Estados Unidos", afirmou Trump. "Então, reduziremos o número, que ficar em 25.000".

Segundo dados oficiais do Pentágono, o número de soldados permanentemente destacados na Alemanha totalizou cerca de 34.600 em março. Mas esse número pode excepcionalmente aumentar para 52.000 durante mobilizações ou exercícios militares.

As bases americanas na Alemanha também servem como uma escala para as forças destacadas na Europa, África e Oriente Médio, o que também pode aumentar temporariamente o número de tropas.

Os primeiros relatórios do plano do governo Trump de reduzir sua presença militar na Alemanha causaram preocupação em Berlim quando foram publicados pelo Wall Street Journal no início deste mês.

O número anunciado por Trump nesta segunda-feira realmente corresponde às estimativas do jornal, que observou uma redução de 9.500 soldados para elevar o total para 25.000.

Embora o número de forças militares tenha diminuído desde o final da Guerra Fria, a Alemanha recebe mais soldados americanos do que qualquer outro país europeu, um legado da ocupação aliada após a Segunda Guerra Mundial.

- "Devedor" -

O ressurgimento das ambições militares da Rússia sob a presidência de Vladimir Putin nos últimos 20 anos trouxe nova relevância à presença militar dos Estados Unidos no território alemão.

Mas Trump justificou sua decisão pelo fato de a Alemanha não contribuir o suficiente para o orçamento da OTAN.

"A Alemanha é devedora, eles são devedores há anos e devem bilhões de dólares à Otan e precisam pagar. Então, estamos protegendo a Alemanha e eles são devedores. Isso não faz sentido", afirmou.

Trump acusou repetidamente os membros europeus do pacto atlântico de se fiarem nos Estados Unidos e ignorando o compromisso de gastar pelo menos dois pontos de seu PIB em defesa.

Além disso, o presidente americano reclamou do tratamento comercial que seu país recebe de uma das principais potências econômicas da União Europeia e mencionou que, em termos de troca comercial, a Alemanha custou aos Estados Unidos centenas de bilhões de dólares.

"Estamos negociando com eles sobre isso, mas no momento não estou satisfeito com o acordo que eles estão propondo", afirmou.

"Eles nos prejudicam no comércio e na Otan", acrescentou.

O relacionamento de Trump com a chanceler alemã Angela Merkel, que nunca foi bom, tem sido particularmente tenso desde que ela rejeitou o convite do presidente para participar pessoalmente da cúpula do G7 em junho, evocando a pandemia da COVID-19.

O bilionário republicano, que está buscando a reeleição em 3 de novembro, queria mostrar sua liderança mundial com uma cúpula do G7 em Washington.

Após a recusa de Merkel, ele adiou a cúpula, anunciando surpreendentemente sua intenção de convidar a Rússia junto com vários outros líderes mundiais não pertencentes ao G7, e chamou o grupo das sete potências ocidentais de "obsoleto".


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