Jornal Estado de Minas

Assinaturas de mídia digital crescem em todo o mundo, constata estudo

Cada vez mais leitores assinam versões digitais de mídia em todo o mundo, embora o nível de confiança inspirado nas informações fornecidas permaneça baixo, de acordo com o relatório anual do Reuters Institute, que será divulgado na terça-feira.

Pelo menos 20% dos americanos entrevistados (4 pontos percentuais a mais em um ano), 42% dos noruegueses (+8 pontos) e 13% dos holandeses (+3) afirmam ter uma assinatura, em comparação com 10% na França e Alemanha.



Entre um terço e meio dessas assinaturas pertencem a grandes mídias, como o New York Times nos Estados Unidos.

No entanto, alguns leitores começam a assinar várias mídias ao mesmo tempo, como uma nacional e uma local, de acordo com o estudo.

Uma grande parte dos usuários da Internet pesquisados considera, no entanto, que nada poderia convencê-los a pagar por informações (40% nos Estados Unidos e 50% no Reino Unido).

A empresa YouGov realizou essas pesquisas on-line para o Instituto Reuters entre cidadãos de 40 países, com 2.000 pessoas por país, em janeiro.

O levantamento foi feito novamente em seis países em abril para analisar os primeiros efeitos da epidemia do coronavírus.

A televisão ganhou interesse durante a crise, com um aumento médio de 5% do público, e se estabeleceu como a principal fonte de informação ao lado da mídia online.



A divulgação da imprensa escrita, por outro lado, foi severamente afetada pelas medidas de confinamento.

A confiança atingiu seu nível mais baixo desde que começou a ser medida por este relatório anual: apenas 38% dos leitores questionados quase sempre confiam nas fontes de informação.

Mas essas impressões contrastam entre países, de 56% na Finlândia e Portugal a 23% na França e 21% na Coreia do Sul.

"As sociedades divididas parecem ter menos confiança na mídia, não necessariamente porque o jornalismo é de menor qualidade, mas porque o público está decepcionado com o papel das instituições", enfatizam os autores do estudo.

Embora a mídia regional seja afetada pela crise, 47% das pessoas questionadas se declaram interessadas em notícias locais.

Esse número cai nos estados mais centralizados, como Reino Unido e França (31%).