Jornal Estado de Minas

Atividades suspensas no Equador por queda de cinzas vulcânicas

As atividades na cidade de Alausí, no centro andino do Equador, que possui cerca de 44.000 habitantes, foram suspensas nesta terça-feira (9) por causa da queda de cinzas devido à erupção do vulcão Sangay, informaram autoridades.

Devido ao processo de erupção de Sangay, que tem 5.230 metros de altura e fica 195 km ao sul de Quito, reativado há duas décadas, várias cidades equatorianas foram afetadas pela queda das cinzas entre a última segunda e esta terça à noite, de acordo com o Serviço Nacional de Gerenciamento de Riscos e Emergências (SNGRE).



A situação, que afetou principalmente Alausí, chegou ao porto de Guayaquil, foco da pandemia de coronavírus no Equador, que registra quase 10.000 casos.

O Equador é um dos países mais atingidos na América Latina pela COVID-19, com cerca de 44.000 casos, incluindo 3.690 mortes (21 a cada 100.000 habitantes).

O governo também registra 2.428 prováveis mortes prováveis pelo vírus.

As autoridades de Alausí decidiram suspender atividades comerciais, trabalhistas públicas e privadas, assim como o tráfego de veículos até quarta-feira "para evitar levantar cinzas das ruas", afirmou o SNGRE em comunicado.

O Sangay, para o qual o alerta amarelo (antes do vermelho, de perigo máximo) está em vigor no momento, é um dos vários vulcões equatorianos que ainda estão em erupção, assim como Tungurahua e Cotopaxi, localizados ao sul de Quito.

Localizado na província amazônica de Morona Santiago (sudeste e fronteira com o Peru), ele é um dos mais ativos e o último vulcão situado no sul do Equador.

Esse vulcão está em constante atividade eruptiva desde 1628, segundo o Instituto Geofísico de Quito.

Sua atividade é pouco conhecida por não afetar locais habitados.

No entanto, sabe-se por pesquisas que no Sangay é comum a geração de fluxos piroclásticos, de lava e escorregamentos, de acordo com o instituto geofísico.